A economia portuguesa cresceu 1,9% no segundo trimestre deste ano, em termos homólogos, e 0,6% face ao trimestre anterior, segundo a estimativa rápida divulgada, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

"O contributo negativo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB [Produto Interno Bruto] foi menos acentuado, refletindo a desaceleração mais pronunciada das importações de bens e serviços que a observada nas exportações de bens e serviços", explica o INE.

Por outro lado, "o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no segundo trimestre, em resultado do abrandamento do investimento".

Já na evolução em cadeia, o PIB aumentou 0,6% em volume, após um decréscimo de 0,4% no trimestre anterior.

O INE indica que "o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi menos negativo, tendo as exportações de bens e serviços registado um crescimento, após a redução observada no trimestre anterior".

No mesmo sentido, o contributo positivo da procura interna aumentou, verificando-se um crescimento do consumo privado.

Os valores avançados pelo INE situam-se junto ao limite superior das previsões dos economistas, que apontavam para um crescimento homólogo do PIB entre 1,4% e 1,9% e para uma expansão em cadeia entre 0,2% e 0,7%.

O instituto estatístico nota ainda que a incorporação de nova informação primária no apuramento da estimativa rápida do PIB, incluindo as estatísticas do comércio internacional de bens para o primeiro trimestre de 2025, levou a uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais nas taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB para o primeiro trimestre de 2025 divulgadas no passado dia 24 de junho (de 1,6% e -0,5%, respetivamente, para 1,7% e -0,4%).

Esta é uma estimativa rápida a 30 dias, sendo que os resultados mais detalhados relativos à evolução das Contas Nacionais Trimestrais vão ser conhecidos a 29 de agosto.