Começou no Piódão, em Arganil. O incêndio que devastou vários concelhos também chegou a Seia, destruindo tudo o que encontrou pelo caminho.

No início da semana, as aldeias de Outeiro da Vinha e Vasco Esteves ainda viam o fogo ao longe. Mas a situação mudou num instante. As duas povoações acabaram cercadas pelas chamas e os habitantes mais idosos foram retirados para locais seguros.

Em Outeiro da Vinha, estava prevista a tradicional festa da terra. Mas a animação deu lugar à tensão. Mesmo sem festa, os moradores mantiveram-se unidos quando o fogo subiu a encosta e destruiu tudo em redor das casas.

SIC Notícias

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Barracões, pastos, árvores de fruto, cercas desapareceram. Não ficaram para contar a história. As casas de primeira habitação, essas, foram salvas.

Mais ao lado, em Vasco Esteves, o fogo também chegou perto das habitações. E é disso que se fala, dias depois, no café da aldeia. Do que se podia ter feito. E do que ficou por fazer.

O exemplo destas duas aldeias, onde a SIC esteve em reportagem, mostra a realidade de uma Serra da Estrela que, na memória, é verde mas que agora está queimada. Um cenário de destruição que se estende por quilómetros e que levará anos a recuperar.

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Com mais ou menos bens, com melhor ou pior paisagem, depois do fogo, ficam as pessoas.

A Maria, o Fernando, o João, o José, o Guilherme, a Paula, o Jorge e tantos outros espalhados pelo Parque Natural da Serra da Estrela.