
A Câmara da Guarda ativou este sábado à noite o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil (PEMPC), devido aos incêndios "não dominados" que lavram no concelho e nos municípios limítrofes, "cuja duração pode prolongar-se".
O plano foi acionado às 20:00 de hoje e vai vigorar até às 23:59 de segunda-feira, podendo ser prolongado consoante a evolução da situação, segundo o despacho do presidente da autarquia, Sérgio Costa, a que a Lusa teve acesso.
A medida é justificada com "os incêndios não dominados que lavram no concelho da Guarda e concelhos limítrofes, cuja duração pode prolongar-se por um período igual ou superior a 24 horas e do qual resultam danos para as populações, bens e ambiente e que, por isso, justificam a adoção imediata de medidas excecionais de prevenção, planeamento e informação".
O concelho tem hoje à noite várias frentes de fogo ativas, algumas das quais progrediram do Sabugal, onde permanecem 181 operacionais, apoiados por 51 viaturas, segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
No lado oposto do concelho continua por resolver o incêndio que teve início na sexta-feira em Pêra do Moço, devido a reacendimentos.
Nesse fogo, esta noite estão empenhados 159 bombeiros e 59 veículos, segundo a ANEPC. Existem ainda incêndios ativos nos concelhos de Pinhel e Sabugal, que mobilizam mais de uma centena de bombeiros.
Com a ativação do plano municipal de emergência poderão ser mobilizados "os recursos dos agentes de proteção civil e os funcionários municipais, nos termos da lei, para a situação indicada".
Durante à vigência do PMEPC, "deverá manter-se em prontidão, sob a responsabilidade do Serviço Municipal de Proteção Civil, a maquinaria para trabalho em espaços rurais já contratada a particulares, para apoio às operações de combate a incêndios rurais no concelho e caso venha a ser necessário".
Poderão igualmente ser mobilizados "todos os recursos materiais e humanos do município da Guarda para apoio às operações de combate, rescaldo e vigilância de incêndios rurais que se verifiquem no concelho", lê-se ainda no despacho.
O plano determina também a dispensa dos funcionários municipais que sejam bombeiros do quadro ativo das três corporações do concelho (Guarda, Gonçalo e Famalicão da Serra).
Estas medidas deverão aplicar-se "imediata e integralmente", sendo que o município poderá proibir o acesso, circulação e permanência no interior de todos os espaços classificados no Plano Diretor Municipal como espaços florestais, com as exceções previstas na lei.
A Câmara da Guarda poderá igualmente solicitar à GNR "o reforço da vigilância" em todos os espaços rurais e florestais do território.