
O problema da greve no Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira - CARAM está longe de ficar resolvido, pese embora aquele que é o único matadouro da Região tenha conseguido entregar as 60 carcaças que foram abatidas nos últimos dias, satisfazendo o aumento da procura para este fim-de-semana de arraiais.
Nesse sentido, e como já havia sido anunciado, a Região conta dar seguimento ao processo que visa anular a providência cautelar interposta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas. Uma das medidas entretanto tomadas passa pela declaração de interesse público da actividade do CARAM, "expressa no despacho conjunto das Secretarias Regionais de Agricultura e Pescas e de Inclusão, Trabalho e Juventude, assinado hoje e remetido para publicação no Jornal Oficial da Região Autónoma da Madeira (JORAM) e para o Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal (TAF)".
Greve no Centro de Abate da Madeira com 35% de adesão
São os números da Administração no âmbito da greve que decorre desde segunda-feira
Erica Franco , 14 Agosto 2025 - 18:07
A informação divulgada esta tarde pelo gabinete de Nuno Maciel, governante que tem a pasta da Agricultura e Pescas, reforça que, "sem prejuízo do direito à greve", o Executivo madeirense "considera essencial assegurar os serviços mínimos no único matadouro público da Região, de forma a garantir o abastecimento alimentar, a saúde pública, a segurança alimentar e sanitária, bem como a protecção do bem-estar animal", argumentos que já haviam sido considerados na definição desses mesmos serviços mínimos que pretendem manter, refutando a acção interposta pela estrutura sindical.
Esse despacho, aponta a mesma nota, "seguirá agora para apreciação em fase processual subsequente", mantendo-se, por enquanto, a suspensão dos serviços mínimos decretados unilateralmente pelo Governo Regional.