O comandante nacional da Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, anunciou em conferência de imprensa, que foi "decidido ativar o mecanismo europeu" para apoio ao combate aos incêndios e que Portugal já pediu o envio de quatro aviões Canadair. A solicitação é para já válida até segunda-feira.

Mário Silvestre disse que Portugal será o sétimo país a ativar o mecanismo europeu. As autoridades optaram inicialmente por recorrer aos acordos bilaterais de cooperação com Espanha e Marrocos, tendo este último país disponibilizado dois Canadair, que ficarão em Portugal até segunda-feira. Os meios espanhóis apoiaram nos combates aos fogos de Castelo de Vide e de Chaves, indicou.

Mário Silvestre justificou a ativação do mecanismo europeu de proteção civil com o facto de as condições climatéricas não terem permitido, durante a noite, debelar alguns incêndios.

O Mecanismo Europeu de Proteção Civil ajuda os países da UE e terceiros a dar resposta a emergências, sempre que alguma situação sobrecarrega as capacidades de resposta do país, explica a SIC Notícias. Entre 2007 e 2019, este mecanismo foi ativado em média 6,5 vezes, em 2020 uma e em 2021 foi ativado nove vezes, segundo informação da Comissão Europeia.

Sobre o fogo da Lousã, disse que não foi possível controlá-lo e que as chamas percorreram 30 quilómetros em três horas, tendo agora um perímetro de 208 quilómetros. Foram registados durante a noite ventos a rondar os 70 Km/h.

Nos seis incêndios que mais preocupam as autoridades estão mobilizados 2.850 operacionais, apoiados por 960 viaturas e 32 meios aéreos.

O comandante operacional informou que foram criadas sete zonas de apoio às populações para garantir o acolhimento de todos os que tenham eventualmente de abandonar as suas casas, duas em Sátão e cinco em Piódão.

Quanto a ferimentos, indicou que um bombeiro ficou ferido e dois transportados para unidades hospitalares, assim como um civil assistido e dois reencaminhados para hospitais.