
O combate ao incêndio em Chaves estava a decorrer favoravelmente pelas 22:30, com duas frentes ativas a "ceder aos meios", disse à agência Lusa o comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso.
Artur Mota referiu que, pelas 22:30, as frentes ativas, na Cocanha e em Bustelo, ardiam com "média intensidade" e que o resto do perímetro do fogo estava a "entrar em rescaldo".
Por esta hora, não havia situações a inspirar preocupações, depois de uma tarde em que as chamas estiveram no parque empresarial, em Outeiro Seco, na zona industrial da Cocanha, mesmo às portas da cidade de Chaves, e em Bustelo.
As próximas horas vão ser, segundo Artur Mota, de muito trabalho de rescaldo, contenção e de trabalho das cinco máquinas de rasto que estão no terreno, onde o vento continuava a soprar com muita intensidade.
Pelas 22:45, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam mobilizados para esta ocorrência 500 operacionais e 159 meios terrestres.
Um hora antes, pelas 21:40, a Autoestrada 24 (A24) tinha sido reaberta nos dois sentidos entre os nós do Casino e Vila Verde da Raia, na fronteira com Espanha, segundo fonte da GNR.
O incêndio que lavra há vários dias na zona da Galiza, Espanha, chegou na terça-feira ao concelho de Chaves, entrou em resolução às 10:35 de hoje e reativou à tarde, progredindo em direção a Vila Verde da Raia e a Bustelo.
O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, disse que o levantamento dos prejuízos causados por este incêndio será feito depois da conclusão da ocorrência.
Adiantou, no entanto, que hoje a câmara municipal tentou perceber se há alguma situação mais crítica e que precise de resposta urgente para a alimentação do gado, em consequência da perda de pasto, feno ou palha.
Na zona industrial atingiu um estaleiro onde arderam toneladas de lenha para venda.
O fogo progrediu de forma muito rápida e aleatória no concelho de Chaves, tocando várias aldeias desde a fronteira, como Cambedo, Vilela Seca, Couto, Torre, Agrelos, Outeiro Seco, Bustelo, o parque empresarial e a zona industrial da Cocada.
O comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso já tinha adiantado à agência Lusa que se estima que este fogo tenha atingido os 5.000 hectares de área ardida.
O vento forte está a ser uma das principais dificuldades no combate às chamas.
Na segunda-feira, o fogo já tinha passado a fronteira na zona de Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre, também no norte do distrito de Vila Real.