O incêndio que lavra em Chaves, vindo da Galiza (Espanha), já terá atingido os cerca de 5.000 hectares de área ardida, mantendo às 20:00 duas frentes ativas, estando uma a ceder aos meios, segundo a Proteção Civil.

O comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso, Artur Mota, disse à agência Lusa que se estima que o fogo que entrou na terça-feira em Chaves, pela aldeia transfronteiriça de Cambedo da Raia, tenha consumido uma área a rondar os 5.000 hectares.

As chamas consumiram mato, floresta e zonas de olival, soutos e vinha.

Esta manhã entrou em fase de resolução, mas durante a tarde sofreu uma forte reativação junto ao parque empresarial de Outeiro Seco, lavrando próximo dos edifícios, e também na zona de Bustelo.

Pelas 20:00, segundo Artur Mota, o incêndio tinha duas frentes ativas, com a de Vila Verde da Raia a ceder aos meios, depois de ter passado o rio Tâmega.

A outra frente prosseguiu para a zona industrial da Cocanha, onde ameaçou várias empresas e consumiu toneladas de lenha destinada à venda.

No local, a Lusa observou funcionários e proprietários de empresas com as mangueiras a apagar o fogo que tocou nos edifícios, como numa gráfica ou loja de venda de produtos agrícolas, tendo sido auxiliados pelos bombeiros.

Artur Mota disse que a noite vai ser de muito trabalho de consolidação e rescaldo, com atenções centradas nos pontos quentes e reativações.

Pelas 20:30, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estavam no local 500 operacionais, 158 meios terrestres e quatro meios aéreos.

O vento forte está a ser uma das principais dificuldades no combate às chamas.

Na segunda-feira, o fogo já tinha passado a fronteira na zona de Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre.