
Ricardo Lume, candidato pela CDU à Câmara Municipal do Funchal, indica que, "mais do que promessas e propaganda, são necessárias respostas imediatas para garantir o direito à habitação a milhares de funchalenses". O candidato esteve, hoje, em São Martinho, onde abordou o flagelo que atinge centenas de famílias no Funchal, nomeadamente as acções de despejo.
Na ocasião, o candidato apontou que para além das mais de 5 mil famílias inscritas para apoio habitacional, "existem hoje centenas de agregados familiares confrontados com acções despejo, mesmo tendo cumprido os contratos de arrendamento". Aliás, lembrou que, se há quatro anos era possível arrendar casas com rendas entre 500€ e 700€, actualmente no mercado habitações, um T1 apresenta rendas superiores a 900€ ou T2 com rendas superiores a 1.500€.
"Os salários baixos, o aumento do custo de vida e as cauções exigidas – muitas vezes superiores a 3.000€ – tornam inacessível o acesso a uma habitação condigna para milhares de funchalenses", lamenta o cabeça-de-lista.
Ricardo Lume lamenta ainda que os programas de apoio ao arrendamento estejam desajustados da realidade e que as promessas de construção de habitação pública, mesmo que se concretizem, só estarão disponíveis dentro de 3 a 4 anos, sendo ainda em número insuficiente face às necessidades actuais e emergentes.
"O problema da dificuldade no acesso à habitação não é a falta de casas, mas sim a falta de casas a preços justos e adequados ao rendimento de quem cá vive e trabalha”, atira o candidato, que propõe como resposta imediata que a Câmara Municipal do Funchal crie um programa de arrendamento de habitação no mercado para posteriormente subarrendar às famílias, a valores ajustados ao seu rendimento. "Esta medida já foi aplicada no passado e a sua implementação depende apenas de vontade política", aponta.
“As pessoas precisam de casa hoje, não daqui a 3 ou 4 anos. É indispensável um plano municipal de habitação a médio e longo prazo, mas as necessidades atuais têm de ter resposta imediata”, concluiu Ricardo Lume