"Vice-versa" é um projeto colaborativo que permite ao André Oliveira e ao Luís Coelho explorar diferentes perspetivas sobre um tema comum. O André oferece uma visão enraizada na riqueza cultural e nas nuances da indústria do turismo, enquanto o Luís se foca, essencialmente, na análise dos dados económicos. Irão estas perspetivas apenas relevar naturais divergências ou descobrir surpreendentes similaridades?
São os pequenos negócios, cafés de bairro ou de proximidade, lojas de produtos regionais, experiências locais, que dão alma a um destino. São os primeiros a sofrer quando cai a procura, mas são eles que tornam o destino memorável.
O século XXI inicia-se sob uma promessa: a IA será capaz de resolver aquilo que os humanos falharam em compreender ou manter. Mas há uma ironia trágica: quanto mais tentamos salvar o planeta com IA, mais o aquecemos.
Portugal, essa entidade quase mística que insiste em existir entre a saudade e a burocracia, acordou das últimas eleições legislativas como quem volta de uma rave sem saber onde deixou a dignidade e quem pagou a conta.
Portugal encontra-se, pois, diante de uma encruzilhada: pode aproveitar os próximos anos para dar um salto qualitativo no seu desenvolvimento ou perder mais uma década.
A economia portuguesa continua, em muitos setores, refém de uma cultura empresarial conservadora, baseada em baixos salários, pouca inovação e uma resistência quase estrutural à mudança.
A atividade económica e os centros de decisão continuam perigosamente concentrados em pontos específicos do litoral, enquanto o interior do país vai sendo progressivamente deixado à sua sorte.
É necessário criar alicerces estratégicos num bloco central para que, independentemente das oscilações e crises políticas, as caravelas da modernidade possam navegar com sucesso.
A modernização dos três ramos das forças armadas, o reforço da cibersegurança e o aumento do contingente militar são apenas algumas das áreas que exigem financiamento avultado.
A educação é um dos pilares fundamentais de qualquer sociedade desenvolvida. Em Portugal, contudo, este pilar está cada vez mais frágil, colocando seriamente em risco a capacidade do país de se reinventar e crescer num mundo cada vez mais volátil, violento e incerto.
O segmento do agroturismo nacional pode ocupar para o turismo do futuro uma posição de relevo e holística na cadeia de valor do setor do turismo em Portugal.
Atualmente, a relação e colaboração estratégica entre estes dois continentes não foi limitada somente aos acordos comerciais, mas desenvolveu-se para uma articulação a médio-longo prazo em diversas áreas, como a sustentabilidade, digitalização e a própria reconfiguração das cadeias de valor globais.
Apesar da baixa produtividade e do conservadorismo empresarial nacional, os indicadores de transformação digital e economia verde revelam potencial evidente para o crescimento.
Embora as universidades portuguesas consigam atualmente produzir investigação de elevada qualidade, a transferência deste conhecimento para a economia real é ainda demasiado lenta.
O desempenho exemplar na formação académica e as mudanças sociais possibilitaram o progresso social e económico das mulheres em Portugal, mas ainda há caminho a fazer.
A sociedade parece ter ficado a ganhar com esta transformação já que são vários os estudos académicos que sugerem que as mulheres acrescentam valor à gestão das empresas.