As redes sociais deixaram de ser um mero entretenimento para se tornarem um espaço decisivo para o progresso (ou estagnação)da carreira profissional. A InfoJobs quis celebrar o Dia Internacional do Hashtag, a 23 de agosto, com um estudo específico, que conclui que 85% das empresas espanholas mantêm uma presença ativa nessas plataformas. Um número que sobe para 95% no caso das organizações com mais de 250 funcionários.

Esta mudança não afeta apenas a comunicação corporativa: mais de metade dos departamentos de Recursos Humanos (53%) revê os perfis dos candidatos nas redes sociais antes de contratar, uma prática que as microempresas intensificam até 61% e que desce para 43% nas grandes empresas.

Essa divergência também se estende ao tipo de plataforma consultada. Enquanto as organizações de maior porte se limitam principalmente ao LinkedIn para obter informações estritamente profissionais, as menores preferem bisbilhotar em espaços de caráter pessoal, como Facebook ou Instagram. As redes se consolidam, assim, como vitrine de trabalho e filtro de seleção, adaptadas ao tamanho e à cultura de cada empresa.

O impacto também é notado na criação de novos perfis profissionais: no que vai do ano, a categoria de marketing e comunicação (onde se agrupam cargos como gestor de comunidade, editor de vídeo para redes sociais ou criador de conteúdo no TikTok) cresceu 10% em relação ao mesmo período de 2024, acumulando 16.008 vagas entre janeiro e julho. A procura por talentos capazes de gerar conteúdos virais ou de gerir comunidades torna as redes sociais um motor de emprego e não apenas um canal de divulgação.

Neste contexto, a gestão da marca pessoal adquire um peso semelhante ao do currículo tradicional. A InfoJobs sublinha que «uma presença digital cuidada e coerente pode inclinar a balança num processo de seleção». Para o conseguir, recomenda mostrar autenticidade, vigiar a qualidade de cada publicação e manter os perfis profissionais atualizados. Um comentário improvisado ou uma fotografia inadequada podem ser tão determinantes quanto a experiência ou a formação. Assim, gerir com critério a identidade online tornou-se essencial para aproveitar as oportunidades que as redes oferecem e evitar que um uso descuidado frustre as aspirações profissionais.