
A nomeação de Vítor Caldeirinha como presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), agora em acumulação com a Administração do Porto de Lisboa, continua a marcar a atualidade política e regional.
Ontem, o Correio da Manhã noticiou que a escolha para liderar a APSS estava ligada à lista autárquica de Maria das Dores Meira, apoiada por PSD e CDS, sublinhando o peso político na decisão assinada pelo Governo para o mandato 2025–2027.
A polémica intensificou-se com a revelação de que tanto Caldeirinha como o vogal Nuno Viterbo integraram candidaturas locais associadas a Dores Meira, facto que, segundo o jornal, reflete a intervenção direta do ministro Miguel Pinto Luz na nomeação.
Perante as críticas, o gestor recorreu hoje ao Facebook para esclarecer a sua posição. No texto, descreveu o regresso à presidência da APSS como “um momento pessoal muito especial” e insistiu na dimensão técnica da sua carreira. “Chegou o tempo de retribuir o conhecimento acumulado à região onde cresci e trabalhei tanto”, escreveu.
Caldeirinha garantiu ainda que as suas prioridades passam por aproximar os portos das cidades, acelerar a sustentabilidade e a inovação e criar condições para mais investimento e emprego, sublinhando que a estratégia segue o plano governamental “Portos 5+”.
Num tom pessoal, destacou que a decisão de aceitar o cargo resulta de um compromisso público com Setúbal e Lisboa. “Lisboa e Setúbal merecem o melhor futuro. É por isso que aqui estou”, afirmou, afastando críticas sobre motivações partidárias e frisando o objetivo de deixar “um legado positivo para a região e para as próximas gerações”.
Com esta reação, o novo presidente procura contrariar a leitura política avançada pelo Correio da Manhã, defendendo que a sua nomeação deve ser vista pelo currículo técnico e pelo contributo para o desenvolvimento portuário.
Declaração deixada nas redes sociais:
