
O fogo terá tido origem num curto-circuito num motor de um colchão antiescaras, espalhando-se rapidamente pelas instalações e apanhando os idosos de surpresa. As chamas avançaram de forma devastadora e, segundo relatos no local, o sistema de alarme contra incêndios não disparou, atrasando a retirada dos residentes.
Quando as funcionárias do lar se aperceberam do fumo, os quartos já estavam tomados pelas chamas. “Só se via fumo, não se via nada”, descreveu Paulo Pereira, vizinho que foi dos primeiros a tentar ajudar no resgate.
As equipas de socorro enfrentaram uma operação considerada “particularmente difícil” pelo comandante dos Bombeiros de Mirandela, Luís Soares, devido à densidade do fumo e à falta de oxigénio no interior do edifício. Os idosos foram retirados urgentemente para o exterior, muitos em macas improvisadas, camas e cadeiras de rodas.
Entre as vítimas mortais está uma mulher de 82 anos, familiar de uma bombeira que integrou a operação de socorro, aumentando o peso emocional da tragédia.
As autoridades confirmaram que 25 pessoas ficaram feridas, com necessidade de transporte para hospitais da região e do Porto.
O município de Mirandela decretou luto local em homenagem às vítimas, enquanto a Polícia Judiciária investiga as causas do incêndio e apura eventuais responsabilidades criminais.