
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, confirmou que o Governo já assegurou os grandes prémios de MotoGP para os próximos dois anos, deixando em aberto a possibilidade do regresso da Fórmula 1 a Portugal em 2027, algo que não acontece desde 2021.
O presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Ni Amorim, reagiu com satisfação à abertura do Governo, sublinhando que existe uma “janela de oportunidade” para integrar o calendário da competição. “Portugal é sempre candidato, mas a decisão pertence ao Governo”, afirmou, recordando que o país já demonstrou capacidade em 2020 e 2021, quando recebeu duas provas em plena pandemia.
Segundo Ni Amorim, a candidatura portuguesa depende da quota europeia de corridas estabelecida pela Fórmula 1, o que poderá abrir espaço para o Algarve voltar a ser palco do Grande Circuito. O dirigente revelou ainda que foi contactado pelo Autódromo Internacional do Algarve para uma reunião nos próximos dias, no sentido de preparar o dossiê.
Também Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), destacou a importância do regresso da Fórmula 1, embora defenda que Portugal deveria garantir um contrato plurianual para reduzir custos. O investimento anual necessário ronda entre 25 e 40 milhões de euros, segundo o responsável.
Apesar do calendário do Mundial de Fórmula 1 estar praticamente esgotado, o presidente da FIA, Mohammed ben Sulayem, já admitiu que poderá haver reajustes nas provas europeias. Atualmente, Itália, Espanha, Mónaco, Áustria, Hungria, Países Baixos, Bélgica, Grã-Bretanha e Azerbaijão integram o lote de corridas no continente.
Com o MotoGP confirmado e a Fórmula 1 em avaliação, o Algarve reforça a sua posição como destino de excelência no desporto motorizado mundial.