
Portugal acionou esta sexta-feira o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, após mais de duas semanas de incêndios florestais intensos, sobretudo na região norte do país. A decisão surge depois de o comandante nacional da Proteção Civil ter admitido a necessidade de recorrer a apoio internacional, caso não fosse possível prolongar a permanência dos dois aviões Canadair provenientes de Marrocos.
O Mecanismo Europeu de Proteção Civil é uma ferramenta de cooperação entre países da União Europeia e alguns países terceiros, destinada a apoiar Estados que não conseguem lidar sozinhos com emergências, como catástrofes naturais, crises sanitárias ou conflitos. Criado em outubro de 2001, tem como objetivo fortalecer a prevenção, a preparação e a resposta a catástrofes.
Além dos países da UE, participam do mecanismo outros 10 estados: Albânia, Bósnia e Herzegovina, Islândia, Moldávia, Montenegro, Macedónia do Norte, Noruega, Sérvia, Turquia e Ucrânia. Desde a sua criação, o mecanismo já respondeu a mais de 770 pedidos de assistência, incluindo incêndios florestais, inundações, ciclones e crises humanitárias.
Ao ser acionado, o Centro de Coordenação de Resposta a Emergências (ERCC) mobiliza rapidamente equipas e equipamentos especializados, como aviões e helicópteros de combate a incêndios. Mapas de satélite, produzidos pelo Serviço de Gestão de Emergências Copernicus, apoiam as operações, fornecendo informações geoespaciais precisas para delimitar as áreas afetadas.
Este mecanismo garante que Portugal, mesmo em situações críticas, conta com ajuda europeia coordenada e eficiente para proteger vidas, bens e florestas.