O Auditório Municipal de Pampilhosa da Serra foi palco de momentos de grande emoção no passado fim de semana, com a dupla apresentação de “Movimentos Migratórios”, um espetáculo que ultrapassou os limites do teatro convencional e se transformou num verdadeiro hino à identidade, memória e força comunitária da população local.

Com encenação de Manuel Wiborg, texto de Tiago Patrício Ribeiro e produção do Teatro do Interior, o espetáculo trouxe ao palco — e também ao ecrã — rostos, vozes e vivências da comunidade pampilhosense, numa interpretação marcada pela autenticidade e emoção. A componente musical esteve a cargo do Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense, que acompanhou a representação ao vivo.

O público respondeu de forma entusiástica, com sorrisos, lágrimas e uma ovação de largos minutos, que marcou o final de uma das sessões. De pé, a plateia reconheceu o esforço, a dedicação e o talento de todos os envolvidos.

O elenco contou com António Santos, Júlio Gaspar, Leonor Marques e Patrícia Roque, em palco, enquanto Daniela Santos e Esmeralda Alexandre deram vida à componente vídeo. A banda sonora esteve a cargo da Fraternidade Pampilhosense.

“Movimentos Migratórios” integra o projeto “Tríptico – Uma Promessa de Felicidade”, que reúne histórias e experiências das comunidades locais dos concelhos de Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Pampilhosa da Serra. O projeto promove a participação direta das populações no processo criativo e aborda temas como a desindustrialização, migrações e alterações da paisagem, cruzando-os com as memórias e vivências do território.

O projeto faz parte do programa Arte e Coesão Territorial, promovido pela Direção-Geral das Artes, com o apoio da Fundação GDA e dos três municípios envolvidos.

O Município de Pampilhosa da Serra agradeceu publicamente a todos os intérpretes, técnicos e colaboradores da autarquia que tornaram possível este espetáculo memorável.