
A Distrital de Beja do Chega classificou de “expressiva” a vitória do partido neste círculo eleitoral nas legislativas de domingo, o que aconteceu pela primeira vez, considerando que “traduz a confiança” da população nas suas propostas.
“Esta vitória traduz a confiança dos bejenses na nossa visão para o distrito”, assumiu o presidente da Distrital de Beja do Chega, Mário Cavaco, em comunicado divulgado hoje.
Segundo os resultados provisórios oficiais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), o Chega foi o partido mais votado no círculo de Beja, conquistando 20.447 votos (27,73%).
Com este resultado, o partido liderado por André Ventura obteve neste círculo alentejano mais 5,57 pontos percentuais do que nas legislativas de 2024 (22,16%) e venceu em oito dos 14 concelhos da região.
Alvito, Almodôvar, Barrancos, Beja, Ferreira do Alentejo, Moura (onde obteve o seu resultado mais expressivo, com 36,71% dos votos), Odemira e Vidigueira foram os municípios em que o Chega foi o partido mais votado.
Até estas eleições, só coligações lideradas pelo PCP ou o PS tinham vencido as legislativas no círculo de Beja.
Nas legislativas de há um ano, aliás, o PS, tinha vencido em todos os 14 concelhos do distrito, mas, desta vez, os socialistas ficaram-se pela conquista de cinco (Aljustrel, Castro Verde, Cuba, Mértola e Serpa) e a AD venceu no de Ourique.
No comunicado de hoje, Mário Cavaco expressou “enorme orgulho” nesta “vitória expressiva” do seu partido no distrito.
E afirmou que o Chega vai agora trabalhar para fazer de Beja “um território onde a justiça social, o desenvolvimento económico e a segurança dos cidadãos sejam pilares fundamentais”.
“O partido Chega trabalhará para transformar o distrito de Beja num local atrativo para investir, trabalhar, residir e formar família”, acrescentou.
A par disso, continuou o líder distrital, o partido está determinado “a preparar, com empenho, as próximas eleições autárquicas, com o objetivo de consolidar esta mudança e oferecer aos cidadãos um modelo de governação transparente, responsável e orientado para os resultados”.
Com a vitória nas legislativas no círculo de Beja, o Chega voltou a eleger um deputado para o parlamento (tal como em 2024), desta vez o cabeça de lista Rui Cristina, de 45 anos, antigo militante do PSD.
No ano passado, Rui Cristina tinha sido eleito pelo partido para a Assembleia da República pelo círculo de Évora.
Na segunda posição ficou o PS, com 26,49% dos votos (19.536), menos 6,10 pontos percentuais do que nas últimas eleições, em que teve 32,59% (24.408), garantindo a eleição de Pedro do Carmo (também em 2024 tinha elegido um deputado).
Já a coligação AD, que junta PSD e CDS-PP, obteve 20,89% dos votos (15.407), mais 3,68 pontos percentuais do que os 17,21% de há um ano (12.890), e garantiu a reeleição de Gonçalo Valente.
Tal como em 2024, a CDU voltou a não eleger deputado por Beja, somando 13,56% dos votos (10.000), menos 1,89% que em 2024 (quando teve 15,45%, ou seja, 11.570 votos).
No ato eleitoral de domingo, o Livre conseguiu 2,10% dos votos, a Iniciativa Liberal alcançou 1,95% e o Bloco de Esquerda 1,85%, enquanto as restantes oito forças políticas que se candidataram por Beja registaram valores abaixo de 1%.
Neste círculo eleitoral alentejano, votaram 73.742 dos 118.320 eleitores inscritos, de acordo com os dados da SGMAI, o que correspondeu a uma participação de 62,32% e a uma abstenção de 37,68%.
Em comparação com as legislativas de 2024, a abstenção cresceu, tendo sido registados menos 3.252 votantes.
O mapa oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE), publicado em Diário da República, indicava 92.543 eleitores inscritos neste círculo eleitoral.