
A Guarda Nacional Republicana (GNR), através das suas valências de Proteção da Natureza e do Ambiente, Proteção e Socorro, Territorial e Investigação Criminal, e face ao agravamento do perigo de incêndio em várias zonas do território nacional, encontra-se a reforçar o patrulhamento de visibilidade e a vigilância em áreas florestais e agrícolas de risco elevado, muito elevado e máximo, com o objetivo de dissuadir comportamentos negligentes e detetar precocemente situações suspeitas.
No âmbito das nossas competências, a Guarda tem vindo a intensificar os esforços na investigação das causas dos incêndios, procurando apurar a origem de cada ocorrência com o máximo de rigor. Encontra-se em curso, assim, um trabalho contínuo que visa investigar todos os incêndios, no mais curto espaço de tempo.
Nesta sequência, a GNR registou, até ao dia 13 de agosto de 2025, um total de 5 996 incêndios florestais, tendo sido possível apurar, no âmbito das investigações das causas dos incêndios que, destas ignições, 30,2% foram causadas pelo uso do fogo (1 022 casos), 14,5% tiveram origem acidental (492 casos), 0,5% tiveram origem estrutural (17 casos), 24,0% resultaram de incendiarismo (814 casos), 1,0% foram naturais (35 casos), 23,2% tiveram causas indeterminadas (786 casos) e 6,6% ocorreram por reacendimento (223 casos).
No que diz respeito ao trabalho preventivo e de fiscalização, no ano de 2025 e em todo o país, a GNR sinalizou 10 417 situações relativas à limpeza de terrenos, tendo elaborado, até ao dia 13 de agosto, 1 289 autos de contraordenação por falta de gestão de combustível.
Relativamente às infrações registadas por queimas e queimadas, até ao dia 13 de agosto deste ano, foram registados 56 autos de contraordenação por queimadas e 248 por queimas e fogueiras diversas. Em todo o ano de 2024, foram elaborados 86 autos de contraordenação por queimadas e 587 autos por queimas e fogueiras diversas.
Tendo em consideração todo o trabalho preventivo e de vigilância e deteção desenvolvido pela GNR ao longo deste ano, temos o registo de 42 pessoas detidas, em flagrante delito, pelo crime de incêndio florestal até ao dia 13 de agosto, bem como temos ainda identificados 566 suspeitos pela prática deste crime. Durante todo o ano de 2024, detivemos, em flagrante delito, 36 pessoas pelo crime de incêndio florestal e identificamos 551 suspeitos.
A GNR apela, uma vez mais, ao sentido de responsabilidade de todos os cidadãos, reforçando a importância de evitar ações que possam originar incêndios, nomeadamente:
- Fumar, fazer lume ou fogueiras;
- Fazer queimas ou queimadas;
- Lançar foguetes e balões com mecha acesa;
- Fumigar ou desinfestar apiários sem dispositivos de retenção de faúlhas;
- Utilizar tratores, máquinas e veículos pesados sem extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés.
A título preventivo, recomenda-se ainda que:
- Se acompanhem os avisos meteorológicos e os níveis de risco de incêndio através dos canais oficiais;
- Se comunique de imediato qualquer foco de fumo ou fogo às autoridades (112);
- Se evitem deslocações desnecessárias a zonas florestais em dias de maior risco.
A proteção da floresta e das populações é uma responsabilidade partilhada. A atuação preventiva de cada cidadão é essencial para evitar tragédias e preservar o património natural.
A GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), mantém como prioridade a proteção ambiental e dos animais. Para denúncias ou esclarecimentos, encontra-se disponível a Linha SOS Ambiente e Território – 808 200 520, em funcionamento permanente.