A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou que, entre 1 de janeiro e 13 de agosto de 2025, deteve 42 pessoas em flagrante delito pelo crime de incêndio florestal, superando o total de detenções de todo o ano de 2024, que contabilizou 36 casos. No mesmo período, 551 suspeitos foram identificados.

De acordo com dados da GNR, foram registados 5.996 incêndios florestais, dos quais 24% resultaram de atos intencionais, ou seja, incendiarismo. O levantamento das causas dos incêndios revelou:

  • Uso do fogo: 30,2% (1.022 casos)
  • Incendiarismo: 24,0% (814 casos)
  • Acidentes: 14,5% (492 casos)
  • Origem estrutural: 0,5% (17 casos)
  • Ignis naturais: 1,0% (35 casos)
  • Causas indeterminadas: 23,2% (786 casos)
  • Reacendimentos: 6,6% (223 casos)

No âmbito da prevenção e fiscalização, até 13 de agosto foram 10.417 situações relacionadas com a limpeza de terrenos, resultando em 1.289 autos de contraordenação por falta de gestão de combustível. Quanto a queimadas e queimas diversas, registaram-se 56 autos por queimadas e 248 por queimas e fogueiras, números próximos aos do ano anterior.

Face ao agravamento do risco de incêndio em várias regiões do país, a GNR reforçou patrulhamento e vigilância em áreas florestais e agrícolas, contando com as suas valências de Proteção da Natureza e do Ambiente, Proteção e Socorro, Territorial e Investigação Criminal, com o objetivo de dissuadir comportamentos negligentes e detetar precocemente situações suspeitas.

A GNR apela à responsabilidade de todos os cidadãos, recomendando cuidados como: evitar fumar ou acender fogueiras, realizar queimadas sem autorização, lançar foguetes ou balões com mecha acesa, manusear tratores e máquinas sem sistemas de prevenção, entre outros. Também recomenda acompanhar avisos meteorológicos e de risco de incêndio, e comunicar de imediato qualquer foco de fumo ou fogo através do 112.