
As Festas do Arripiado são, nas palavras do presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado “o tradicional arraial de Verão” à beira Tejo e vão animar a aldeia ribeirinha do Arripiado até 17 de agosto, com muita música, atividades culturais e desportivas.
Mas como nem só de festa vivem as Festas (adaptando o provérbio “nem só de pão vive o Homem), há muito trabalho por trás da organização das Festas do Arripiado, que são um dos momentos altos para o associativismo do concelho e especialmente da freguesia da Carregueira. Paulo Queimado explicou ao NS que as Festas do Arripiado têm uma espécie de objetivo escondido que é o de colocar o tecido associativo a colaborar entre si.
Para além desta colaboração entre as associações, as Festas do Arripiado representam também um dos momentos do ano em que as associações, através dos bares e restaurantes que montam conseguem angariar fundos para suportar muitas das atividades que promovem ao longo do ano.
É atrás do balcão do restaurante que o Rancho Folclórico Etnográfico e Infantil da Carregueira, onde a azáfama é enorme, já que as mesas se começavam a encher no primeiro dia de festança, que se encontra Fernanda Batista, que se assumiu como “quem manda ali”. Nanda, como é conhecida entre os seus pares, explicou ao NS que é as festas são extremamente importantes para angariar fundos para as atividades anuais do rancho.
“A Câmara ajuda com um subsídio, mas nem sempre é suficiente. É preciso comprar trajes porque os miúdos crescem e as roupas deixam de servir, por exemplo”, explica ao NS. Mesmo com a Câmara a pagar algumas das deslocações ou a disponibilizar transporte quando possível, é sempre necessário fazer face as despesas. Embora encontre muita gente para dançar, é na parte associativa que diz sentir falta de quem tenha vontade de fazer alguma coisa.
“Foi a minha mãe, com 81 anos, que esteve a cozinhar o jantar de hoje para mais de 150 pessoas”, vinca Nanda.
Também para os artesãos do concelho, as festas são um momento importante. Na banca de Alice Monteiro, onde flores de várias cores e feitios quase são uma moldura que abraça a artesã, quem passa é incapaz de desviar a atenção dos seus trabalhos. Em conversa com o NS, a artesã que se orgulha de ser “nascida e criada na ‘Carreguêra'”, diz forçando o sotaque característico, explica que estas festas são sempre uma oportunidade de expor o seu trabalho e ganhar um “dinheirinho extra”.
As festas arrancaram na noite de quinta-feira, 14 de agosto e vão se estender até domingo, 17 de agosto com muitas atividades culturais e desportivas, com o rio Tejo como fundo de uma das festas mais emblemáticas do concelho da Chamusca. O programa completo pode ser consultado em https://www.cm-chamusca.pt/.