
O helicóptero do INEM sediado em Évora poderá ficar inoperacional a partir do primeiro dia do mês de julho.
Isto porque, o Governo terá tentado contratar mais aparelhos de recurso, numa consulta de mercado realizada a 6 e 11 de junho.
No entanto, a contratação acabou por esbarrar em atrasos e constrangimentos, nomeadamente a falha na entrega dos helicópteros e ainda a certificação exigida para os pilotos, segundo o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).
De sublinhar que a contratação estava já adjudicada a uma empresa de Malta, a Gulf Med Aviation Services Limited, por cerca de 77,4 milhões de euros, e o Estado tinha como condições a operação de de quatro helicópteros H145 D3, com tripulações certificadas e fluentes em português.
O INEM já garantiu que tem cenários alternativos preparados caso o novo contrato não entre em vigor a tempo, incluindo o eventual recurso ao atual operador ou a outros fornecedores que reúnam as condições exigidas. Porém, o processo está em fase de fiscalização prévia pelo Tribunal de Contas.
Hoje, a agência Lusa adiantou que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, está a par do caso e que espera ter a situação resolvida «entre o dia de hoje e de amanhã [quinta-feira]».
«Estamos a ultimar soluções para conseguir efetivamente a 1 de julho ter o sistema de emergência médica a continuar a contar com as aeronaves que precisamos no território nacional», referiu a governante.
Assim, Ana Paula Martins vincou que o Governo tem «fortes perspetivas de conseguir ultrapassar esses constrangimentos».
Caso não se resolva este constrangimento no socorro até dia 1 de julho, o transporte aéreo de doentes no Alentejo ficará dependente dos helicópteros sediados em Macedo de Cavaleiros ou Loulé, até porque o sediado em Viseu se encontra na mesma situação.