
Um grupo de 41 estudantes da Guiné-Bissau encontra-se retido no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, desde a passada sexta-feira, sem autorização para entrar em território nacional. O alerta foi feito este domingo pela Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL).
De acordo com Eliseu Sambú, responsável pelo departamento de comunicação da associação, a situação deve-se à ausência do chamado termo de responsabilidade — documento que comprova que existe uma pessoa em Portugal responsável pelo aluno, assumindo despesas de propinas, alojamento e alimentação.
Segundo o dirigente, alguns familiares já tentam resolver o impasse, estando previsto que o advogado da associação acompanhe o caso a partir de segunda-feira.
A AEGBL acusa ainda a Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa de falhar no apoio aos estudantes, garantindo que vários pedidos de contacto ficaram sem resposta. “Temos assumido responsabilidades que competem à embaixada”, criticou Eliseu Sambú, que estranha o facto de os jovens terem obtido visto sem que lhes fosse solicitado o termo agora exigido.
Até ao momento, a Embaixada da Guiné-Bissau e a ANA — Aeroportos de Portugal não prestaram esclarecimentos, enquanto o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP afirmou não ter informação sobre a ocorrência.