
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões quer classificar como património nacional, 18 monumentos megalíticos localizados em dez concelhos da região.
O despacho que deu início ao procedimento para a classificação nacional do Conjunto dos Monumentos Megalíticos do Grupo de Viseu Dão Lafões foi já publicado em Diário da República.
Em nota de imprensa, a CIM adianta que o objetivo classificação dos monumentos passa pela “valorização deste património da região, único no país”, acrescentando que os 18 elementos “são considerados, por especialistas, uma das mais relevantes manifestações de arte megalítica pintada da Península Ibérica e da Europa Ocidental”, pode ler-se.
A intenção é que a classificação seja atribuída a monumentos localizados nas freguesias de Pinheiro e Arca e Varzielas (Oliveira de Frades), Manhouce (São Pedro do Sul), Cambra e Carvalhal de Vermilhas e Fornelo do Monte (Vouzela), Lajeosa do Dão (Tondela), Carregal do Sal (Carregal do Sal), Coutos de Viseu, Rio da Loba e Cota (Viseu), Cunha Baixa (Mangualde), Pendilhe e Queiriga (Vila Nova de Paiva), Águas Boas e Forte (Sátão) e Pena Verde (Aguiar da Beira).
A publicação do despacho garante, desde já “a proteção legal deste património, nos termos da Lei de Bases do Património Cultural, enquanto se desenvolve o processo formal de classificação”, informa a CIM, acrescentando que deste conjunto de monumentos, 11 não tinham ainda qualquer classificação e sete tinham proteções antigas, mas sem delimitação espacial adequada.
“A concentração de antas com pinturas e gravuras, a monumentalidade das suas arquiteturas, o seu excelente estado de conservação e a riqueza figurativa das manifestações artísticas fazem deste conjunto uma das mais relevantes manifestações de arte megalítica a nível internacional”, acrescentou.
Para o presidente da CIM Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, “este é um momento histórico” para a região.
“Estamos a assegurar a memória coletiva da região e, não menos importante, a herança de toda a humanidade. A partir de agora, garantimos a devida proteção e criamos bases sólidas para que estas memórias milenares sejam preservadas e conhecidas pelas gerações futuras”.
O secretário executivo da CIM, Nuno Martinho, considerou que este passo confere “ainda mais responsabilidade para continuar a trabalhar num turismo cultural de excelência, assente na sustentabilidade e na valorização” do território.
A CIM Viseu Dão Lafões tem promovido, desde 2018 e em parceria com os municípios da região, várias ações de valorização e divulgação deste património, como uma rota turística que liga os principais sítios megalíticos e um documentário.
“A classificação nacional resulta de um trabalho profundo e rigoroso da CIM Viseu Dão Lafões, desenvolvido em colaboração técnico-científica com a Universidade do Algarve e em estreita articulação com o Património Cultural, I.P.”, acrescentou.
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