
A LBP tem recebido relatos preocupantes de vários teatros de operações, que apontam para uma descoordenação que impede os bombeiros de atuar em tempo útil e segundo as reais necessidades no terreno. As estruturas regionais e sub-regionais são apontadas como a principal causa desta situação, já que não existem estratégias conjuntas eficazes e as que estão em vigor esbarram na burocracia.
A associação sublinha que os bombeiros não se identificam com este modelo de atuação e que as queixas chegam não apenas dos profissionais, mas também de autarcas e populações afetadas. Perante o descontentamento, a orientação que tem sido transmitida é clara: as reclamações devem ser dirigidas às entidades responsáveis pela coordenação, e não aos bombeiros.
Na perspetiva da Liga, só com um comando direto das próprias estruturas de bombeiros será possível dar resposta imediata e eficaz. Até lá, afirmam, a responsabilidade recairá sobre outros organismos.
A denúncia surge numa altura de elevada pressão sobre os meios de socorro, quando Portugal enfrenta dias consecutivos de incêndios que exigem mobilizações massivas em vários distritos.
Liga lamenta morte de bombeiro da Covilhã
Em paralelo, a Liga dos Bombeiros Portugueses lamenta a morte de um bombeiro dos Voluntários da Covilhã na sequência do capotamento de uma viatura quando a equipa seguia para combater um incêndio. No mesmo acidente, outros elementos ficaram gravemente feridos.
Num comunicado, a Liga expressa sentidas condolências à família da vítima e à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Covilhã, prometendo uma declaração oficial em breve.