
O presidente da Câmara da Covilhã manifestou este domingo "profunda consternação e pesar" pela morte do bombeiro que se deslocava para a frente de fogo, junto à Aldeia de São Francisco de Assis, e decretou três dias de luto municipal.
Numa nota enviada à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vitor Pereira, adianta que decidiu "decretar três dias de luto municipal, que será respeitado a partir desta segunda-feira".
"Foi com profunda consternação e pesar que a Câmara Municipal da Covilhã tomou conhecimento do falecimento de um bombeiro da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, vítima do despiste de um veículo de combate a incêndios, quando se deslocava para uma frente de fogo", lê-se na nota.
Na sequência do acidente, ficaram também feridos quatro bombeiros, um dos quais com gravidade.
Na nota, o presidente da Câmara deseja "uma rápida recuperação" aos feridos e em nome de todo o executivo, "expressa os mais sentidos pêsames à família, aos amigos, ao Corpo de Bombeiros Voluntários da Covilhã e a todos os bombeiros e agentes da proteção civil que continuam, neste preciso momento, a combater as frentes de fogo no concelho da Covilhã e em todo o país".
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta desde 2 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.