O incêndio que começou em 2 de agosto, em Sirarelhos, Vila Real, percorreu a serra do Alvão, alastrou-se a Mondim de Basto, chegou a ser dado como concluído, mas reativou-se por duas vezes — no sábado e na segunda-feira.

O presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, expressou preocupação com a forma como a situação foi gerida. “Deixou-nos muito preocupados alguns daqueles que foram os silêncios que se verificaram e, por isso mesmo, da nossa parte quereremos saber o que é que não correu bem efetivamente aqui em Vila Real para termos um incêndio que esteve 12 dias a lavrar precisamente naquilo que é o nosso coração”, declarou aos jornalistas.

Durante o incêndio, o autarca fez vários apelos para reforço dos meios no terreno e defendeu que era tempo de ouvir explicações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e do Governo sobre as razões pelas quais o fogo continuava a consumir o concelho em “lume brando”.

Questionado sobre a quem se referia, Favaios afirmou que “terão que ser os responsáveis máximos”. “Terá que ser a ANEPC, terão que ser responsáveis políticos também, que nos possam, de alguma forma, dar uma palavra que nos permita explicar às pessoas que tiveram as suas casas, as suas vidas, as suas terras, a sua floresta, aquilo que é o seu próprio rendimento, de alguma forma colocado em causa durante tantos e tantos dias”, acrescentou.