
O humorista António Raminhos usou as redes sociais para divulgar uma campanha de angariação de fundos, criada por Diogo Filipe Figueiredo, familiar de Pedro Figueiredo, que perdeu toda a sua propriedade durante o incêndio de 15 de Agosto em Vila Pouca da Beira Oliveira do Hospital.
Usando as redes sociais, António Raminhos explica que «estou em contacto com a família do Pedro que perdeu casa e o dinheiro que tinha guardado.
Conseguiu salvar os animais que estão num abrigo, aliás há a necessidade de albergar animais de várias pessoas» e adianta que «já recebi contacto também de clínicas de psicólogos que disponibilizam apoio psicológico, arquitectos, empresas de materiais, pessoas de diferentes áreas para o que virá depois.»
O humorista partilha o link da campanha, e avança que «agora é altura de dar uma alegria ao Pedro e fazer ultrapassar o valor até porque 15 mil euros para quase nada serve para quem perdeu uma casa e o sitio onde tinha os animais e rebanho. Um euro de cada um de nós. Imaginem! Passem a mensagem, partilhem, ajudem, procurem entender onde podem ser mais úteis.»
No texto da campanha criada por um primo de Diogo Filipe Figueiredo, este explica que o primo «largou um bom emprego para seguir o legado de pastor e cuidar dos seus pais, felizmente conseguiu salvar o rebanho de cerca de 200 ovelhas e os seus 15 cães.»
A campanha já obteve 61.675 euros num total de 4,2 mil doações.
Também através do Facebook, António Raminhos dá voz ao descontentamento que muitos sentem perante o cenário de milhares de hectares a arder, e disponibiliza-se para «usar a minha exposição na rede e fazer conteúdos para marcas que queiram ajudar na reconstrução de casas e vidas depois destes incêndios.»
sobre os incêndios, deixa a sua indignação: «É ridículo. Só ridículo, todos os anos bombeiros (heróis sem apoios) desesperados, populações desesperadas porque TODOS OS ANOS falha a prevenção, falha a estratégia, falham os meios. Como não se soubesse que isto iria acontecer!
E agora? A oposição vai queixar-se e pedir demissões, o governo vai dizer que está tudo a ser feito e que quando estiveram eles no governo nada fizeram… e para o ano cá estaremos de novo. Mesmo que mudem os nomes e os partidos à frente do leme. Porque são todos iguais.»
E deixa um apelo: «Mas nós não podemos ser iguais. Procurem também nas vossas redes locais, vejam o que os bombeiros precisam, basta ligar para a corporação local ou junta. Junto das zonas afetadas procurem saber o que se precisa.»