Líderes dos países bálticos e nórdicos exigiram hoje, numa declaração conjunta, um cessar-fogo e garantias de segurança credíveis para Kiev, um dia depois da cimeira entre os líderes norte-americano e russo sem acordo para a Ucrânia.

"Alcançar uma paz justa e duradoura exige um cessar-fogo e garantias de segurança credíveis para a Ucrânia. Um acordo de paz exige compromissos firmes e concretos dos parceiros transatlânticos para proteger a Ucrânia contra qualquer agressão futura", sublinharam os chefes de Estado e Governo da Dinamarca, Suécia, Noruega, Islândia, Finlândia, Letónia, Lituânia e Estónia.

Após a cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca, nos Estados Unidos, os oito líderes europeus lembraram que nenhuma decisão referente à Ucrânia, invadida pela Rússia há mais de três anos, deve ser tomada sem o apoio de Kiev e da Europa.

Na declaração conjunta, os líderes nórdicos e bálticos saudaram a afirmação de Trump de que os Estados Unidos estavam dispostos a participar nas garantias de segurança e reclamaram que não seja imposta qualquer restrição ao Exército ucraniano ou à sua cooperação com países terceiros.

"A Rússia não tem poder de veto sobre o caminho da Ucrânia para a União Europeia e a NATO", defenderam, assinalando que, "em última análise, é da responsabilidade da Rússia pôr fim às suas flagrantes violações do direito internacional".

Dinamarca, Suécia, Noruega, Islândia, Finlândia, Letónia, Lituânia e Estónia exigiram à Rússia a entrega à Ucrânia dos menores deportados dos territórios ocupados, assim como de prisioneiros de guerra e civis.

"Continuaremos a armar a Ucrânia e a expandir as defesas europeias para dissuadir uma nova agressão russa. Enquanto a Rússia continuar a matar, continuaremos a reforçar as sanções e as medidas económicas mais amplas para pressionar a economia de guerra da Rússia", afirmaram os líderes dos oito países.

Depois da cimeira Trump-Putin, está previsto que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, se encontre na segunda-feira com o homólogo americano, em Washington, para abordar um possível processo de paz e a organização de uma cimeira trilateral com a participação do líder russo.