A Associação Empresarial de Braga – Câmara de Comércio e Indústria (AEB) apresentou um conjunto de propostas estratégicas para os setores do comércio e turismo, no âmbito das eleições autárquicas de 2025. As medidas visam construir uma nova agenda económica local, assente na inovação, sustentabilidade, mobilidade urbana e valorização do tecido empresarial.
“O comércio e o turismo são motores de desenvolvimento económico e qualidade de vida. Precisam de políticas públicas mais proativas, próximas e adaptadas aos novos comportamentos de consumo, à digitalização e à valorização da experiência urbana e turística, com o envolvimento dos agentes económicos locais”, afirma Daniel Vilaça, Presidente da AEB.


A AEB propõe a criação de um programa estruturado de apoio ao empreendedorismo comercial e de serviços, com foco em jovens empreendedores e modelos de negócio digitais e globais. A iniciativa inclui apoio técnico, incentivos ao arrendamento de espaços devolutos, incubadoras especializadas, mecanismos de financiamento e programas de mentoria.
“Precisamos de empresários mais preparados, com ambição, visão tecnológica e capacidade de competir num mercado cada vez mais exigente. A AEB está pronta para liderar esta nova vaga de empreendedores, em parceria com o Município”, sublinha Daniel Vilaça.
Entre as propostas, destaca-se também a criação de um programa de incentivos à revitalização das lojas integradas no programa “Comércio com História”, apoiando a requalificação dos espaços e a modernização dos modelos de negócio.
“Temos de valorizar o nosso comércio tradicional. As lojas com história são parte da identidade da cidade e devem ser apoiadas para continuar a ser relevantes no presente e no futuro”, defende Daniel Vilaça.

 


O programa prevê incentivos ao investimento na valorização dos estabelecimentos, apoio técnico à modernização e ações de promoção e dinamização conjunta.
Para o Mercado Municipal de Braga, a AEB propõe a implementação de um modelo de gestão público-privado, que assegure uma coordenação integrada entre as áreas de frescos e de restauração.
“É tempo de profissionalizar e revitalizar este espaço, garantindo uma gestão estratégica e coerente e uma orientação clara para o cliente. O Mercado deve ser gerido como um todo – um ecossistema coeso, dinâmico e atrativo. A AEB está naturalmente disponível para assumir um papel ativo nesta nova governação partilhada”, afirma Daniel Vilaça.

Outra prioridade estratégica da AEB é a modernização da logística urbana. A AEB defende a implementação de soluções eficazes e sustentáveis, como sistemas de logística de última milha com pontos de recolha inteligentes, horários alargados e apoio ao transporte sustentável.
Propõe ainda um novo plano de localização de espaços de carga e descarga, ajustado às necessidades dos operadores económicos.
“A logística urbana é um fator crítico de sucesso para o comércio moderno. É urgente planear bem, regular melhor e envolver os agentes económicos na solução. A cidade deve funcionar para quem vive, consome e trabalha nela”, refere o Presidente da AEB.


Em termos turísticos, a AEB entende que o Município deve reforçar o investimento em promoção nacional e internacional, direcionado a mercados e segmentos de maior poder de compra, posicionando Braga como um destino urbano-cultural, com produtos turísticos diferenciadores e
capacidade de atrair visitantes ao longo de todo o ano.


“É essencial aumentar as receitas turísticas sem prejudicar a qualidade de vida dos residentes e isso exige uma estratégia que promova o aumento do ticket médio, para maximizar o benefício da atividade turística e minimizar o seu impacto na comunidade local, prolongar a estadia dos turistas, para podermos ter uma distribuição mais equilibrada ao longo do ano, em vez de estar concentrada em períodos específicos (como fins de semana e feriados) e uma aposta em experiências de turismo mais imersivas, como o turismo cultural, que valorize o património local e uma conexão mais profunda com a cidade”, afirma Daniel Vilaça.


Reconhecendo o papel das esplanadas na dinamização do comércio e na vivência urbana, a AEB defende uma intervenção estruturada e articulada na sua gestão e qualificação. As propostas incluem:

  • Simplificação do processo de licenciamento de esplanadas, com menos burocracia e
    maior previsibilidade;
  • Programa de estímulo à qualificação das esplanadas, com redução de taxas para quem
    investir na modernização do mobiliário urbano;
  • Alargamento do horário de funcionamento das esplanadas às sextas, sábados e vésperas
    de feriado, alinhado com a vocação turística da cidade;
  • Campanha de sensibilização para o uso cívico do espaço público à noite, em parceria com
    a AEB, promovendo equilíbrio entre animação, ruído e o direito ao descanso dos moradores.
  • “Precisamos de esplanadas mais atrativas, modernas e bem geridas. Mas também de civismo e respeito mútuo. A AEB está disponível para liderar esta evolução positiva em parceria com os empresários e o município”, afirma Daniel Vilaça.

  • A AEB defende, ainda, que o Município deve promover uma melhor articulação entre os grandes eventos e o comércio local, garantindo o seu envolvimento ativo e a dinamização da economia, bem como fomentar o estabelecimento de sinergias entre comércio, cultura e turismo, com
    envolvimento de operadores locais, agentes culturais, associações e comunidade.