Se é fã de bebidas energéticas, talvez já tenha ouvido falar que a sua alta quantidade de açúcar artificial pode causar inflamação, problemas intestinais e até mesmo aumento de peso indesejado. Mas se isso não o alertou, um novo estudo pode fazê-lo.

Investigadores afirmam que um determinado aminoácido presente nas bebidas energéticas como Celsius, Red Bull e Monster pode aumentar o risco de cancro no sangue.

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O estudo, publicado na revista Nature, mostrou que o aminoácido taurina pode aumentar o crescimento de células de leucemia.

A taurina é encontrada em carnes, frutos do mar e laticínios. Também é produzida naturalmente pelo corpo e "tem funções importantes no coração, no cérebro e no sistema imunológico", explicou a nutricionista Julia Zumpano à Cleveland Clinic.

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"Ajuda a promover o crescimento dos nervos, ajuda a manter a hidratação adequada e produz sais biliares, que auxiliam na digestão", acrescentou ainda. "A taurina também regula os minerais e auxilia o funcionamento geral do sistema nervoso, da visão e dos olhos."

Então, por que é que a taurina pode ser problemática?

Os investigadores descobriram que a taurina é produzida na medula óssea, onde os cancros sanguíneos se desenvolvem. "As células leucémicas são incapazes de produzir taurina por si mesmas, então dependem de um transportador de taurina (codificado pelo gene SLC6A6) para capturar a taurina do ambiente da medula óssea e entregá-la às células cancerígenas."

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Além disso, "à medida que as células leucémicas absorvem taurina, alimentam o crescimento do cancro". Posto isto, os cientistas afirmam que quantidades excessivas de taurina podem aumentar o risco de leucemia. Por outro lado, impedir que a taurina entre nas células leucémicas pode retardar a progressão do cancro.

"Como a taurina é um ingrediente comum em bebidas energéticas e frequentemente fornecida como suplemento para atenuar os efeitos colaterais da quimioterapia, o nosso trabalho sugere que pode ser interessante considerar cuidadosamente os benefícios da suplementação de taurina em pacientes com leucemia", concluiu o estudo.

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