Assume-se como uma mulher confiante e entrou na Casa dos Segredos com o objetivo de mostrar a todas as mulheres que não precisam de ter vergonha, mesmo tendo uns quilos a mais. Todas têm o direito de gostar de si e de se sentirem poderosas. No entanto, apesar de adorar o seu corpo, o peso a mais começa a ser uma preocupação para Flávia Monteiro.

Em entrevista exclusiva à TV 7 Dias, a jovem fala abertamente sobre a intervenção a que foi submetida. “Coloquei um balão gástrico para perder peso. Basicamente, eu engulo uma cápsula e depois, automaticamente, ele acaba por encher no meu estômago e aquilo serve para ocupar espaço e perder a fome”, conta. “Os primeiros dias foram muito chatos. Como sou uma menina muito dramática com enjoos, as primeiras 24 horas foram horríveis, mas depois o meu corpo habituou-se muito bem. O balão fica no corpo durante quatro meses e depois acaba por sair”, explica ainda. Um mês depois da intervenção, a cantora garante: “Já noto diferenças na minha cara. E no corpo também já se começa a notar, mas é um processo.”

Ao longo da sua vida, Nufla, como é carinhosamente tratada no mundo da música, foi tendo várias oscilações de peso. “Eu já fui magra e depois tive muitas oscilações de peso. Quando era mais nova, queria perder peso. Andei em nutricionistas, devido à parte da genética da minha mãe. São todas gordinhas e têm problemas de saúde. Como eu já apanhei alguns sustos, por os médicos acharem que eu podia estar a ter uma trombose, por exemplo, na altura queria perder peso e consegui, só que acabei por perder o peito todo e não me conseguia olhar ao espelho, não conseguia sentir-me bem comigo própria, e pensei: ‘Será que compensa o facto de eu estar a perder peso quando eu gosto do meu corpo, seja magra, seja gorda, e estar a ter problemas psicológicos, de não conseguir olhar para mim, não gostar do meu corpo?’, e então coloquei na cabeça que ou investia na música ou investia numa operação ao peito. E então o objetivo inicial é perder algum peso e depois, sim, avançar para o peito.”

“À noite é a parte pior”

Como relata a própria, “o processo tem sido tranquilo”. “Para mim, a alimentação do dia-a-dia é muito tranquila, mas à noite é a parte pior, porque é quando eu fico sozinha com os meus pensamentos e me desperta uma fome descomunal. Essa é a parte mais difícil de controlar”, confessa.

“Eu sempre gostei do meu corpo, só que eu tenho de pensar que neste momento tenho 26 anos, mas depois vou querer ser mãe e vou acabar por ganhar muito mais peso e é algo que depois pode ser complicado.” Apesar de ser uma mulher bem resolvida, uma das alturas mais complicadas da vida de Flávia foi quando sofreu de bullying. “Ouvi muitas bocas do género: ‘Ai, tu és gorda, achas que eu vou ficar com uma gorda?’ e que nunca na vida iriam gostar de uma mulher gorda como eu”, recorda.

Leia o artigo na íntegra na edição da TV 7 Dias em banca!

Texto: Sofia Pinto (sofia.pinto@worldimpalanet.com) Fotos: Arquivo Impala, Divulgação TVI e D.R.