Em comunicado, a dst indicou que o júri, presidido por José Manuel Mendes, da Associação Portuguesa de Escritores, e composto também por Lídia Jorge e Carlos Mendes de Sousa, justificou "a escolha por unanimidade, sublinhando que os contos da autora 'surpreendem pela energia narrativa', revelando 'personagens poderosas na sua diversidade sociológica e afetiva', com uma 'recusa da inércia existencial' e uma construção formal que enriquece a experiência de leitura".

Quando se assinalam 30 anos desde a primeira edição do prémio, o valor monetário é de 30 mil euros, duplicando o montante atribuído, à semelhança do que já havia ocorrido nos 25 anos do galardão (quando o valor associado foi de 25 mil euros).

De acordo com a empresa, foram recebidas mais de 200 candidaturas a esta edição do prémio, destinada à prosa.

A entrega do prémio está marcada para 28 de junho, no Theatro Circo, em Braga, "com uma programação cultural dedicada e inédita".

Luísa Costa Gomes já havia vencido este mesmo prémio em 2015, com 'Cláudio e Constantino'.

A autora, que nasceu em Lisboa, em 1954, licenciou-se em Filosofia, foi professora do Ensino Secundário, dirigiu a revista Ficções, dedicada à divulgação de contos, e, além de ser autora de romances, contos, crónicas, faz tradução literária, nomeadamente para teatro.

O seu primeiro romance, 'O Pequeno Mundo', ganhou, em 1988, o Prémio D. Diniz da Casa de Mateus enquanto a obra 'Olhos Verdes' venceu, em 1995, o Prémio Máxima de Literatura.

Com 'Contos Outra Vez' conquistou, em 1997, o Grande Prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores, enquanto em 2022 ganhou o prémio literário do Correntes d'Escritas com 'Afastar-se'.

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