
Em comunicado, a UAU deu conta de que a aquisição deste espaço, classificado como de interesse municipal pela Câmara do Porto, foi formalizada a 7 de agosto e que a obra da reabilitação vai ficar ao encargo de um consórcio de arquitetos composto pela Metrourbe e Arsuna.
O Cine-Teatro Vale Formoso tem uma área com mais de 4.200 metros quadrados e, para além da sala principal, tem uma zona de restauração e um espaço que a reabilitação transformará num jardim de inverno.
"A escadaria característica deste espaço, assim como a Torre que é possível ver na fachada, vão ser preservadas nesta obra", acrescentou a produtora.
Citado em comunicado, o diretor-geral do UAU, Paulo Dias, afirmou que a produtora continuará a ser cliente de diversas salas e espaços culturais no Porto e que a aquisição deste espaço permite diversificar a oferta da cidade.
"Renascerá no Porto um dos maiores espaços culturais da cidade e que, a curto-prazo, será uma referência para todos os públicos. A UAU devolve à cidade uma sala icónica, que tem um passado, presente e agora um futuro, aberto à cultura, às empresas e ao turismo", destacou Paulo Dias.
Em junho, o presidente da autarquia, Rui Moreira, já tinha revelado que estavam a decorrer reuniões com os responsáveis pelo Tivoli e que o Cine-Teatro Vale Formoso voltaria a funcionar.
Em fevereiro de 2022, o Cine-Teatro Vale Formoso e Grupo de Moradias, na freguesia de Paranhos, foram classificados como conjunto de interesse municipal.
Os três imóveis foram classificados como conjunto de interesse municipal "pelo seu valor cultural de significado relevante", tendo os editais sido publicados em Diário da República.
A Câmara do Porto determinou em março de 2021 a abertura do procedimento de classificação do Cine-Teatro Vale Formoso e Grupo de Moradias.
A sala de cinema foi inaugurada em 1949 e rapidamente se tornou num espaço de referência na cidade entre os anos 1950 e 1970, tendo, no entanto, encerrado nos anos 1990.
A classificação deste conjunto representa "uma mais-valia, enquanto testemunho que ilustra os conceitos socioculturais e políticos da década de 40 do século XX português que, ultrapassando a escala de cinema de bairro, adquiriu presença na memória coletiva portuense".