
Os resultados de sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,70%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,91% e o alargado S&P500 desvalorizou 0,84%.
Os investidores "continuam sem perceber se a situação entre Israel e o Irão está em vias de se agravar ou de se resolver", disse à AFP Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.
Donald Trump disse hoje que os EUA não iriam matar o líder iraniano "por agora" e pareceu exigir uma rendição iraniana, no quinto dia do confronto militar entre Israel e Irão iniciado pelos israelitas.
Antes de uma reunião do seu Conselho de Segurança, Trump escreveu hoje "capitulação sem condições", na sua rede social.
Os operadores bolsistas estão particularmente atentos à evolução da situação no Médio Oriente pela sua importância no mercado petrolífero mundial.
"O Irão produz cerca de três milhões de barris de petróleo por dia", recordou Hogan.
"Se a situação se agravar e que este aprovisionamento seja retirado da oferta mundial, assistir-se-á provavelmente a um grande salto do preço do petróleo, o que iria ser um travão económico para todos", acrescentou.
O Irão controla o Estreito de Ormuz por onde passam 20% do petróleo mundial.
Em Wall Street, os investidores também foram algo arrefecidos pelo declínio acima do esperado das vendas do comércio retalhista nos EUA em maio.
Os setores mais afetados foram os do automóvel, construção e restauração.
Para Michael Pearce, da Oxford Economics, "os anúncios das taxas alfandegárias tiveram um impacto na planificação das grandes despesas", o que tinha alimentado o consumo em abril.
Também a produção industrial se contraiu mais do que esperado em maio, em 0,2%, segundo a informação publicada hoje.
"A combinação de dados económicos negativos e uma situação internacional cada vez mais complicada incitou os operadores de mercado a adotarem uma atitude de redução de riscos", apontou Jose Torres, da Interactive Brokers.
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Lusa/fim