
O recurso ao cheque como forma de pagamento em Moçambique está em queda, com 932.000 processados em 2024, num mercado cada vez mais assente nas transferências eletrónicas interbancárias, indicam dados do banco central.
De acordo comum relatório anual do Banco de Moçambique, divulgado esta semana, em 2023 foram feitas transações bancárias com recurso a 949.000 cheques, no valor de total de 260,8 mil milhões de meticais (3.483 milhões de euros), quando no ano passado esse valor até subiu ligeiramente, para 282,3 mil milhões de meticais (3.770 milhões de euros). O número de cheques processados é que recuou, quase 2%.
“A modernização do sistema de pagamentos resultou na redução, ainda que ténue, do uso de cheques, contra um aumento de Transferências Eletrónicas Interbancárias (TEI)”, lê-se no relatório.
Já as operações TEI, diretamente entre os bancos, ascenderam no ano passado a quase 3,3 milhões, envolvendo 509,3 mil milhões de meticais (6.803 milhões de euros), enquanto em 2023 chegaram a 2,9 milhões, no valor de 500,9 mil milhões de meticais (6.690 milhões de euros).
“O número de operações de TEI aumentou em cerca de 12%, contra uma redução do número de cheques transacionados em cerca de 2%, embora os montantes transacionados nos dois instrumentos tenha observado um ligeiro aumento”, acrescenta o documento.
Funcionam em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50