
Apesar da descida da rentabilidade dos Certificados de Aforro — a série F, atualmente a única disponível, viu a sua taxa bruta de remuneração baixar de 2,011% em julho para 1,987% em agosto — o montante acumulado destes instrumentos de dívida do Estado continua a aumentar, tendo atingido em julho os 37,8 mil milhões de euros, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal. Trata-se de um novo recorde, mais 404 milhões do que no mês anterior.
A subscrição de Certificados de Aforro tem vindo a crescer há 11 meses consecutivos.
De acordo com os números mais recentes da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), em junho, foram resgatados 158 milhões de euros destes instrumentos, enquanto entre janeiro e maio de 2025 os resgates totalizaram 1,1 mil milhões de euros.
Outro produto de retalho, os Certificados do Tesouro, apresenta um stock bastante mais reduzido: no final de junho, totalizavam 8,8 mil milhões de euros.
As emissões de Certificados de Aforro dispararam a partir de 2021. Nesse ano, segundo a IGCP, totalizaram 724 milhões de euros; em 2022 subiram para 7,7 mil milhões; e em 2023 voltaram a disparar, alcançando 15,7 mil milhões de euros.