O UniCredit anunciou, na passada sexta-feira, que acabou a integração dos seus negócios de seguros de vida, conquistadas as aprovações de todas as autoridades. Através da aquisição das ‘joint ventures’ com a francesa CNP Assurances e a Allianz, o segundo maior banco italiano conta acrescentar 400 milhões de euros em receitas em 2027.

Segundo o banco liderado por Andrea Orcel, a unidade CNP UniCredit vai passar a denominar-se UniCredit Life Insurance e a UniCredit Allianz Vita passa a ser UniCredit Vita Assicurazioni. O atual diretor de Seguros do grupo, Alessandro Santoliquido, vai ser o CEO de ambas as empresas, que devem fundir-se em 2026, revela o banco em comunicado.

O novo CEO das unidades considera que este é um “marco crucial na jornada em direção à criação de uma seguradora líder em Itália”. “O nosso compromisso consiste agora em efetuar a fusão o mais rapidamente possível, para entrar na próxima fase de crescimento, oferecendo aos clientes as melhores soluções disponíveis”, acrescenta.

Fruto desta operação, o UniCredit pretende, agora, candidatar-se ao estatuto de conglomerado financeiro e, por consequência, às condições de capital favoráveis conhecidas como ‘danish compromise’. Estas regras vão permitir à empresa atenuar por completo os efeitos da aquisição no seu rácio CET1. De acordo com a instituição, esta prevê um impacto de 25 pontos base neste indicador de capital.

Na parte dos seguros não vida, o UniCredit adianta que vai continuar a operar através da ‘joint venture’ com a Allianz.

Segundo o banco, as duas empresas adquiridas tiveram, em 2024, uma quota de mercado de 7,2% e colheram cerca de 8,6 mil milhões de euros em ‘gross written premiums’, com reservas técnicas totais de cerca de 45,6 mil milhões de euros. Em Itália, o negócio de seguros de vida do UniCredit gerou perto de 580 milhões em comissões – o que equivale a 13,4% do total de comissões do banco no país – bem como mais de 100 milhões em lucro através das duas ações em ambas as empresas.