O número de trabalhadores em lay-off no país recuou 59% durante o mês de novembro, face ao registado em igual mês de 2023, para 6367. São menos 9283 trabalhadores do que os contabilizados em novembro do ano passado, altura em que o número de trabalhadores em situação de lay-off atingiu o valor mais alto do ano, com 15.650 profissionais nesta situação, mostram os dados agora divulgados pela Segurança Social.

Apesar desta redução homóloga significativa, o recurso ao lay-off aumentou em cadeia, ou seja, face a outubro deste ano. As contas da Segurança Social traduzem uma subida de 170 prestações processadas face a outubro, um acréscimo de 2,7%. Note-se que estes dados ainda não abrangem as situações de lay-off que têm sido comunicadas nas últimas semanas.

De acordo com os dados da Segurança Social, em novembro deste ano, 381 entidades empregadoras deitaram mão ao mecanismo de lay-off, previsto no Código do Trabalho para apoiar empresas em situação de crise empresarial, salvaguardando postos de trabalho. O número representa um aumento de 38 entidades empregadoras face ao mês anterior, mas uma redução de 184 entidades em comparação com o mesmo período do ano passado.

O regime de redução de horário de trabalho, uma das modalidades de lay-off previstas na lei, foi atribuído a 4.170 pessoas, mais 894 (27,3%) do que em outubro deste ano. Contudo, na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de trabalhadores abrangidos recuou 59,4% (menos 6.090).

No que diz respeito ao regime de suspensão temporária de contrato de trabalho, a outra modalidade prevista, o número de prestações processadas pela Segurança Social em novembro foi de 2.197. Em termos mensais, registaram‐se menos 724 processamentos, o que representa um decréscimo de 24,8%. A comparação com o período homólogo do ano passado, traduz também uma diminuição de 3.193 processamentos, menos 59,2%.

As últimas notícias divulgadas parecem apontar para um novo aumento dos despedimentos coletivos em dezembro, sobretudo em setores como a indústria automóvel e têxtil, muito expostas ao mercado alemão que enfrenta uma conjuntura de incerteza. Contudo, os dados relativos ao último mês do ano só serão conhecidos em janeiro, tal como os valores agregados do ano de 2024.