"Não se pode esperar que façamos comentários sobre algo que é pura ficção", reagiu a empresa, num comentário citado pela agência de notícias Efe.
A reação surge após a agência Bloomberg ter avançado que as autoridades chinesas estão a avaliar como "possível opção" a aquisição das operações do TikTok nos EUA pelo magnata norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, e que fará parte da administração de Donald Trump.
Esta possibilidade surge, segundo a Bloomberg, que cita fontes próximas do processo, se o TikTok não conseguir contornar a sua proibição nos EUA, enquanto se aguarda uma decisão do Supremo Tribunal sobre a manutenção de uma lei que pode encerrar a rede social no país se a 'app' não se separar da sua casa-mãe, a ByteDance, até 19 de janeiro, como estipula a norma.
O regulamento, aprovado pelo Congresso norte-americano em abril passado, dava à chinesa ByteDance nove meses para encontrar um investidor de um país que não fosse considerado "adversário" dos Estados Unidos.
Os legisladores norte-americanos justificaram a decisão argumentando que a plataforma representa uma ameaça para a segurança nacional devido à possibilidade de o Governo chinês ter acesso aos dados dos utilizadores.
A China criticou repetidamente "a repressão" dos EUA ao TikTok, afirmando que se trata de "uma tática de intimidação" que acabará por "sair pela culatra" aos EUA.
O encerramento do TikTok nos EUA pode ocorrer apenas um dia antes do regresso de Trump ao cargo, a 20 de janeiro.
Enquanto no primeiro mandato (2017-2021) o republicano tentou proibir a rede social, desta vez pediu ao Supremo Tribunal dos EUA que impedisse a entrada em vigor da lei até à tomada de posse, depois de ter prometido na campanha que iria "salvar o TikTok".
Musk, que se tornou um dos aliados mais próximos de Trump, tem interesses significativos na China, onde está localizada a principal base de produção global da sua empresa Tesla.
O magnata já defendeu, em abril passado, que "o TikTok não deve ser proibido nos EUA". "Fazê-lo iria contra a liberdade de expressão, e não é isso que os EUA defendem", disse.
O Estado chinês tem ações de classe preferenciais na ByteDance que lhe dá direito de veto sobre qualquer decisão.
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