
A garantia foi dada num discurso proferido na abertura do Fórum Anual de Desenvolvimento da China, em Pequim, que contou com a presença de importantes líderes empresariais.
Li enfatizou o compromisso do regime chinês com a "abertura económica" e pediu ainda que as empresas internacionais resistam ao protecionismo.
"Esperamos que os empresários possam tomar medidas mais ativas para manter a globalização", disse o número dois do Governo de Pequim.
Li afirmou ainda que espera que os líderes empresariais possam "trabalhar em conjunto, cooperar e alcançar um maior desenvolvimento das (...) empresas para benefício mútuo".
"O Governo chinês esforçar-se-á por proteger os direitos e interesses legítimos de todas as empresas", independentemente da nacionalidade dos proprietários, prometeu o primeiro-ministro.
O fórum conta com a presença de executivos de empresas multinacionais como a Mercedes-Benz e a Samsung, incluindo o diretor executivo da tecnológica norte-americana Apple, Tim Cook.
Há meses que Pequim está a tentar restaurar a confiança dos consumidores e das empresas, que foi enfraquecida por uma crise persistente no setor imobiliário e por novas tensões comerciais com os Estados Unidos.
Li Qiang afirmou que Pequim está preparada para "impactos externos inesperados", referindo-se à guerra comercial desencadeada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
"Estamos preparados para choques inesperados, que, claro, vêm sobretudo do estrangeiro. O Governo chinês terá políticas em vigor para garantir o bom funcionamento da sua economia", disse Li.
O dirigente prometeu que a China continuará na "direção certa da globalização" face à crescente fragmentação da economia mundial, à medida que se intensifica a guerra comercial com os EUA.
"Como um grande país responsável, a China permanecerá firmemente do lado certo da história (...) [praticando] o verdadeiro multilateralismo", disse Li, numa reunião com líderes de empresas multinacionais em Pequim.
A China "seguirá a direção correta da globalização económica, praticará o verdadeiro multilateralismo e esforçar-se-á por ser uma força de estabilidade e certeza", disse Li, acrescentando que "a fragmentação da economia global está a intensificar-se", enquanto "a instabilidade e a incerteza estão a aumentar".
Pequim retaliou com taxas alfandegárias adicionais de até 15% sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo trigo, soja e carne de vaca, em resposta às taxas adicionais de 20% que os EUA começaram a aplicar sobre as importações chinesas.
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