
O BBVA e a Universidade de Navarra lançaram o projeto “Fair Learning”, uma iniciativa inédita que pretende transformar a forma como a inteligência artificial (IA) é aplicada no setor bancário.
Ao longo de três anos, um grupo multidisciplinar de 20 especialistas, incluindo engenheiros, filósofos, juristas, economistas e médicos, irá desenvolver soluções para que a IA na banca seja justa, transparente e alinhada com a legislação, explica o BBVA em comunicado.
“Este projeto é pioneiro no setor financeiro e reafirma o compromisso do BBVA em avançar na sua transformação tecnológica sem perder o foco nas pessoas”, afirma Josep Amorós, coordenador do projeto e senior manager em Analytics Transformation no BBVA. “A IA já é um pilar fundamental da transformação do banco e será ainda mais nos próximos anos, pelo que devemos garantir que o seu desenvolvimento segue princípios de equidade, responsabilidade e transparência”.
A crescente utilização de algoritmos para conceder crédito, aprovar empréstimos, gerir risco ou detetar fraude coloca desafios éticos e técnicos cruciais. O “Fair Learning”, explica o banco, aposta em métodos matemáticos e estatísticos avançados para eliminar enviesamentos nos dados, garantir a equidade no acesso a produtos e serviços financeiros e proteger a privacidade dos clientes.
Para além da componente técnica, o projeto incorporará princípios de IA centrada no ser humano e ética da virtude, assegurando que as decisões automatizadas respeitam os direitos e a autonomia das pessoas.
No plano regulatório, a equipa irá adaptar as práticas do setor ao novo regulamento europeu de IA (EU AI Act), criando um referencial que poderá inspirar outras instituições financeiras.
Este trabalho insere-se na estratégia do BBVA de liderar a transformação tecnológica no setor sem perder de vista a responsabilidade social.