"Os Estados Unidos são hoje os primeiros a nível mundial em inteligência artificial (IA), quer se trate de desenvolvimentos de IA ou de conceber 'chips' especializados em IA e é essencial que isso continue", declarou Gina Raimondo, Secretária do Comércio, em declarações aos jornalistas.
Em outubro de 2023, já tinham sido anunciadas novas restrições à exportação dos 'chips' mais potentes para a China, incluindo componentes utilizados para IA, para impedir a sua utilização por Pequim para fins militares.
As novas regras introduzidas hoje "tornam mais difícil para os nossos concorrentes escaparem aos nossos controlos de exportação através de contrabando e ligações remotas", disse o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.
Neste quadro, Washington quer impor novas autorizações para exportações e transferências de 'chips' informáticos sofisticados para uma lista alargada de países, com uma série de exceções para países aliados, principalmente quando se trata de volumes limitados, em resposta a necessidades das universidades, por exemplo.
A segunda regra reforça os controlos sobre a difusão de parâmetros dos modelos de IA generativa mais avançados.
As medidas vão entrar em vigor dentro de 120 dias para "dar tempo à nova administração" de fazer as alterações que pretender, indicou Gina Raimondo.
Donald Trump vai regressar à Casa Branca para um segundo mandato presidencial a partir de 20 de janeiro.
Durante o primeiro mandato, Trump pressionou a China com tarifas elevadas, mas agora tem o apoio de muitas empresas de Silicon Valley, interessadas em poder exportar as suas tecnologias.
A China já criticou estas novas normas de exportação norte-americanas sobre IA considerando-as "uma violação flagrante" das regras do comércio internacional.
Este anúncio "é um novo exemplo da generalização do conceito de segurança nacional e do abuso do controlo das exportações e uma violação flagrante das regras do comércio internacional", reagiu o Ministério do Comércio chinês em comunicado.
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