Estes 48 executivos ficaram bilionários a trabalhar para outros

A maioria dos bilionários enriqueceu construindo empresas ou herdando muito dinheiro de alguém que o fez. No entanto, um grupo pequeno, mas crescente, de executivos americanos atuais e antigos conseguiu acumular fortunas de três vírgulas como funcionários muito bem pagos. No total, a Forbes encontrou um recorde de 48 desses bilionários contratados em 2025, contra 29 há um ano. E essa contagem certamente continuará a subir graças ao aumento dos preços das ações e aos pacotes de remuneração altíssimos usufruídos por executivos.

A Forbes encontrou um recorde de 48 desses bilionários contratados em 2025, contra 29 há um ano.

A remuneração média anual dos dez CEOs mais bem pagos da América aumentou mais de sete vezes, de US $ 46 milhões por ano (40,5M€) em 2010 para um pico de US $ 330 milhões por ano (290M€) em 2021, de acordo com a empresa de dados Equilar. A maioria dos trabalhadores recebe os seus vencimentos através de um salário ou de um valor/hora, mas os executivos de topo são frequentemente pagos em opções de ações e outros prémios de ações que são adquiridos ao longo de vários anos e muitas vezes estão vinculados ao desempenho. E esse é cada vez mais o caso, com o componente de património médio dos pacotes de remuneração dos CEO a crescerem de 54% em 2012 para 66% em 2023, segundo a empresa de consultoria de remuneração de executivos Semler Brossy.

Isso ajudou os CEOs mais bem pagos dos EUA a ficarem cada vez mais ricos, mesmo com a remuneração média dos dez principais executivos a terem caído após a COVID-19 para (uns ainda invejáveis) US $ 125 milhões por ano (110M€) em 2023, o ano mais recente para o qual estão disponíveis dados completos. Como o mercado de ações continuou a subir, com o S&P 500 a escalar quase 370% desde 2010 e quase 25% desde 2021, o valor das ações que muitos desses executivos receberam no passado disparou, ajudando os ricos a ficarem mais ricos e tornando mais empresas grandes o suficiente para fazerem nascer bilionários não fundadores num número maior do que nunca.

A remuneração média anual dos dez CEOs mais bem pagos da América era de US $ 125 milhões por ano (110M€) em 2023.

Em 2010, apenas sete dos 403 bilionários americanos eram trabalhadores por conta de outrem, o que representava apenas 2% das pessoas mais ricas do país. Entre eles, seis ex-executivos que também estão na lista deste ano: Steve Ballmer da Microsoft e Eric Schmidt da Google, os dois trabalhadores por conta de outrem mais ricos da atualidade, bem como Jeff Skoll e Meg Whitman do eBay, John Brown do fabricante de equipamento médico Stryker e Hamilton “Tony” James da Blackstone. (O sétimo, o antigo diretor executivo da Cisco, John Morgridge, deixou entretanto de ser bilionário).

Quinze anos mais tarde, os bilionários contratados ainda são relativamente raros, mas o seu número aumentou. Atualmente, 5% dos quase 900 bilionários americanos são trabalhadores por conta de outrem, contra 4% quando a Forbes os contou pela última vez em fevereiro de 2024, altura em que existiam quase 760 bilionários americanos.

Há 18 recém-chegados no grupo deste ano, incluindo o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, o CEO da FICO, William Lansing, o presidente e chefe de operações da SpaceX, Gwynne Shotwell, o antigo chefe de tecnologia da Tesla, JB Straubel, o diretor de longa data da Nvidia, Harvey Jones, e Howard Lutnick, que deixou o seu cargo de presidente e CEO da empresa de serviços financeiros Cantor Fitzgerald para se tornar secretário de comércio do Presidente Trump em fevereiro.

Lisa Su, diretora executiva da AMD, é a única pessoa contratada da lista do ano passado que não conseguiu entrar na lista deste ano, uma vez que as ações do fabricante de circuitos integrados que dirige sofreram uma queda de quase 30% nos últimos 12 meses. Entretanto, Ryan Graves, antigo colaborador da Uber, e Bob Muglia, antigo diretor executivo da Snowflake, empresa de software de bases de dados baseadas na nuvem, recuperaram o seu estatuto de bilionários e regressaram à classificação deste ano, depois de não terem entrado na lista de contratados de 2024.

Eis os 48 bilionários assalariados, segundo a Forbes

Matt Durot/Forbes Internacional