Uma delegação de empresários e membros da Administração norte-americana visitaram esta Quinta-feira, 26 de Junho, a província de Benguela, para constatar as oportunidades económicas do Corredor do Lobito.

A informação foi prestada esta pela directora executiva do Conselho Corporativo para África (CCA), Florizelle Liser, recebida em audiência pela vice-presidente da República de Angola, Esperança da Costa.

No final da audiência, a responsável disse à imprensa que agradeceu o Governo de Angola por ter albergado esta 17.ª Cimeira de Negócios EUA – África, que teve como um dos principais temas de destaque o projecto de desenvolvimento do Corredor do Lobito.

Florizelle Liser referiu que um dos focos da abordagem foi sobre as zonas que podem ser impactadas através deste projecto, como as províncias do Cuando e do Moxico Leste, mas também a República Democrática do Congo e a Zâmbia.

“O que Angola está a fazer no Corredor do Lobito também pode ser um modelo para outras partes de África”, frisou.

Durante a cimeira, foram assinados vários acordos, com destaque para o memorando de entendimento entre a Hydro-Link e a Mitrelli, relativo a um projecto regional transformador de energia.

O referido projecto prevê a construção de uma linha de transmissão de alta tensão de 1,5 mil milhões de dólares e 1.150 quilómetros, ligando Angola e a República Democrática do Congo.

O lançamento de programas de financiamento para pequenas e médias empresas africanas, de protocolos em áreas como inteligência artificial, segurança cibernética, produção de dispositivos médicos e inovação urbana e a cooperação entre Angola, RDC e Zâmbia no quadro do Corredor do Lobito, constam entre os acordos firmados durante o Fórum.

O embaixador de Angola nos Estados Unidos, Agostinho Van-Dúnem, que participou na audiência, defendeu que o Corredor do Lobito não deve ser visto apenas na perspectiva de um corredor de caminho-de-ferro, mas uma infra-estrutura que pode criar externalidades.

“Vamos ter investimentos nos domínios da agricultura, das infra-estruturas de transporte. Todos estes investimentos resultarão, naturalmente, destes acordos que foram assinados”, sustentou.

Durante a audiência, foram também abordadas questões relacionadas com a cooperação entre Angola e os Estados Unidos, nos sectores do ensino, formação técnica e profissional e da saúde.

“Recebemos também algumas orientações da Vice-Presidente para reforçar a nossa relação neste domínio e com as autoridades americanas”, salientou o embaixador.