É a terceira subida consecutiva do desemprego registado em Portugal, indicador que é medido a partir do número de desempregados inscritos nos serviços públicos de emprego do país. Em dezembro, no fecho de 2024, os centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) contabilizaram um total de 335.665 desempregados inscritos. São mais 5,7% (18.006 pessoas) do que os registados no último mês de 2023 e mais 4,1% (13.117) do que em novembro do ano passado, apontam os dados divulgados esta segunda-feira pelo IEFP.

Os dados não surpreendem. A subida do desemprego registado já se antecipava, considerando as notícias de despedimentos coletivos que se sucederem em dezembro do ano passado. Na nota que acompanha os indicadores, o IEFP sinaliza que a região de Lisboa e Vale do Tejo registou o maior aumento no número de desempregados registados (10,3%, considerando o mesmo mês de 2023). Os Açores e a Madeira são a exceção, tendo registado uma diminuição de 3% e 10,1%, respetivamente, no número de desempregados inscritos.

A análise por setor de origem do desemprego mostra que 72,5% dos profissionais em situação de desemprego tinham trabalhado em atividades do setor dos “Serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (que representam 30,5%). O setor "Secundário" responde por 20,5% dos desempregados registados nos centros de emprego, com particular relevo para a “Construção” (6,3%), e setor “Agrícola” representava 5,1% dos desempregados inscritos.

"Ao longo deste mês de dezembro de 2024, inscreveram-se, nos Serviços de Emprego de todo o País, 48.273 desempregados. Este número é superior em relação ao mesmo mês de 2023 (+4.191; +9,5%) mas inferior em relação ao mês anterior(-6.614; -12,1%)", aponta o IEFP. Já no que respeita às ofertas de emprego por satisfazer, eram no final de dezembro 9.655, menos 698 (-6,7%) do que em dezembro de 2023 e também menos 3.305 (25,5%) do que em novembro do ano passado.