Centenas de pessoas concentraram-se hoje no Largo de Camões, em Lisboa, em defesa do direito à habitação, participando na manifestação convocada pela plataforma Casa para Viver, que organizou protestos em 13 cidades do país durante este fim de semana.

Em declarações à agência Lusa, André Escoval, um dos porta-vozes da organização e membro do movimento Porta a Porta, disse que a manifestação pretende fazer com que “o Governo aplique o caderno reivindicativo de emergência para a habitação que aplataforma Casa paraViver hoje aqui apresenta”.

“Nós estamos perante uma situação de extrema gravidade no nosso país, até já reconhecida pela União Europeia que recomendou ao Governo o controlo das rendas, pediu ao Governo a limitação do alojamento local, e até agora oGoverno nada fez, pelo contrário”, afirmou André Escoval, defendendo políticas ao serviço de quem precisa de casas para viver.

“Quem especula, expulsa… quem resiste, constrói!!!”, é uma das mensagens nos cartazes erguidos na manifestação.

“As casas não são uma mercadoria, as casas têm uma função social que é as pessoas viverem nelas e, nesse sentido, [o Governo] tem de tomar medidas condizentes com isso”, exigiu.

A crise da habitação, que afeta Lisboa, mas também a generalidade do país, é o que motiva a manifestação, que juntou, até pelas 16:00, “largas centenas” de pessoas no Largo de Camões, indicou André Escoval, manifestando a convicção de que a adesão “vai crescer ao longo do caminho”. A concentração foi agendada para as 15:30, com uma marcha do Largo do Camões até ao Arco da Rua Augusta, com passagem pela Praça do Rossio, num percurso de cerca de 1,5 quilómetros.

(Lusa)