
A evolução monetária da zona Euro mostra que o crédito às empresas desacelerou em maio para 2,5%, depois de ter atingido os 2,6% em abril, segundo revelou nesta segunda-feira o Banco Central Europeu (BCE). O fluxo de crédito novo baixou em dois mil milhões de euros, o que representa a primeira descida em mais de um ano.
Já os empréstimos para a compra de casas continuam a subir, mas num ritmo lento, tendo aumentado 2% em maio, depois de uma subida de 1,9% em abril. Foram mais 12 mil milhões de euros canalizados para o crédito hipotecário, o que representa a subida mais fraca desde o passado mês de novembro.
Recorde-se que o BCE realizou quatro descidas nas taxas de juro este ano, sendo a última a 5 de junho, fixando-se a taxa da facilidade permanente de depósito nos 2%, o nível mais baixo desde novembro de 2022. Mesmo com este movimento, cujo objetivo é estimular a economia e combater a inflação, a concessão de crédito às empresas parece não ter conhecido um impulso significativo.
O agregado monetário na zona euro (o indicador M3), que mede a quantidade de dinheiro em circulação e que frequentemente é um dos indicadores mais fiáveis para medir o dinamismo da economia, permaneceu nos 3,9%, percentagem que pouco tem variado desde o início do ano.