O Plano de Reestruturação apresentado pela administração do Banco Sol, de que foi acionista o atual Presidente da República, João Lourenço, vai contemplar a redução de 30% dos seus colaboradores até 2027, revelou esta semana o jornal Expansão. Segundo as demonstrações financeiras da instituição, relativas a 2024, o Banco Sol tinha 1701 trabalhadores, o que dá um corte de 510 funcionários até 2027.

O banco liderado por Osvaldo Macaia (CEO) tem de reduzir ao máximo os seus custos operacionais, de modo a melhorar significativamente o seu rácio de eficiência.

Entre as medidas contempladas no Plano de Reestruturação está um aumento de capital a realizar pelos acionistas, onde se encontra António Mosquito, com 6,33% do capital, de modo a que o Banco Sol cumpra com os rácios prudenciais exigidos pelo Banco Nacional de Angola (BNA), em particular o indicador que diz respeito aos fundos próprios.

Além de António Mosquito, que foi acionista de referência da Global Media (dona do Diário de Notícias e de 50% da TSF) e da construtora portuguesa, Soares da Costa, são acionistas do Banco Sol a consultora angolana Sansul SA (com 51%), Coutinho Nobre Miguel (com 12,24%) e a Fundação Lwini (com 10%), entre outros.

O atual Presidente da República de Angola, João Lourenço, deteve até 2011 uma participação naquela instituição financeira de 5,42%.