As seguradoras que actuam no mercado angolano devem encontrar produtos ao nível da população de “baixa renda”, no sentido de dinamizar e promover a literacia financeira, defende o director da Academia de Seguros e Fundo de Pensões (ASFP), Gabriel Cangueza.

De acordo com o responsável, que falava no painel “Evolução do Mercado Segurador nos 50 Anos de Independência”, durante o Fórum Banca e Seguros, organizado na Sexta-feira passada, em Luanda, pela Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO), o sector segurador enfrenta grandes desafios, sugerindo que as empresas precisam desenhar produtos para a população de baixa renda, no sentido de se promover o crescimento da taxa de penetração.

“A mediação é, de facto, um canal importantíssimo para o sector segurador. Sem ela o processo decorre, mas corre melhor quando há um mediador envolvido no processo de subscrição para o apoio e da própria regularização do sinistro. Portanto, os mediadores e os corretores estão a crescer, apesar de cerca de 40 terem perdido a licença”, salientou.

Para Cangueza, as seguradoras e as corretoras têm feito muito pouco para elevar a taxa de penetração de seguros, por, na sua óptica “não estarem a desenhar produtos adequados a população de baixa renda”.