"A nossa margem está reduzida, porque estamos numa condição em que não queremos estar. Agora, sabemos que só dependemos de nós para chegar onde queremos, que é ficar no topo da classificação, e isso passa obrigatoriamente por ganharmos amanhã [no sábado]. Haverá, depois, um dérbi de Lisboa, mas isso vai servir-nos de pouco se não fizermos aquilo que temos de fazer", reconheceu o técnico, em conferência de imprensa.

Os 'dragões' partem para a penúltima jornada da primeira volta na terceira posição, com os mesmos 37 pontos do campeão nacional Sporting e a um do líder isolado Benfica, numa altura em que somam três vitórias seguidas nas diversas competições e continuam invictos em casa, fruto de 11 triunfos - oito dos quais para o campeonato - e um empate.

"O maior desejo é entrar em 2025 e estarmos, pelo menos, um lugar acima do que agora. Era sinal de que ganhámos ao Boavista", direcionou Vítor Bruno, quando questionado acerca da abordagem do FC Porto à janela de transferências de inverno no próximo mês.

A equipa 'azul e branca' terá lotação esgotada na receção ao rival citadino Boavista, que ocupa o 16.º e antepenúltimo lugar, de acesso ao play-off de manutenção, e não venceu nas derradeiras cinco jornadas, mas logrou nove dos 12 pontos na condição de visitante.

"A classificação do Boavista não nos diz muito. Nos últimos quatros jogos, empatou três e perdeu da forma como perdeu em Alvalade. Esses indicadores servem para estarmos em alerta constante e percebermos o grau de dificuldade elevado que vamos encontrar. Dérbi é dérbi e os desafios frente ao Boavista escalam sempre para níveis de intensidade muito altos. Há que estar ligados, mas ter a cabeça fria para levar o jogo para onde queremos", disse, elogiando o "trabalho muito meritório em condições adversas" da equipa do Bessa.

Antes do dérbi da Invicta, o FC Porto quebrou um ciclo de cinco jogos sem vencer fora na visita ao Moreirense (3-0), frente ao qual tinha perdido na quarta eliminatória da Taça de Portugal, vendo o jovem avançado Rodrigo Mora, de 17 anos, a rubricar um golo e uma assistência na estreia a titular, na 11.ª partida pela equipa principal 'azul e branca'.

"Perante opositores que vão muito para os duelos, ter alguém de perfil diferente pode ser útil em muitos momentos. Para mim, não é referência que alguém tenha obrigatoriamente de estar no jogo seguinte por ter feito uma grande exibição. Depende da estratégia", observou Vítor Bruno.

O êxito em Moreira de Cónegos, aliado ao empate do Sporting no terreno do Gil Vicente (0-0), permitiu ao FC Porto igualar no segundo lugar os 'leões', que cederam a liderança isolada ao Benfica e viriam a consumar na quinta-feira a segunda mudança técnica em 2024/25, ao trocarem João Pereira por Rui Borges, proveniente do Vitória de Guimarães.

"O FC Porto manter o seu treinador é sinal de que as pessoas acreditam, têm convicções e percebem o trabalho que está a ser feito. Por vezes, dá a entender que quem está de fora alicerça muito a sua opinião com base em resultados. Neste momento, os resultados são o principal critério para aferir a competência das pessoas, mas quem está por dentro percebe aquilo que está a ser feito. Isso reflete o sentimento de um presidente que ainda não mudou de treinador e esperemos que [assim seja] por mais algum tempo", afiançou.

O FC Porto, terceiro colocado, com os mesmos 37 pontos do Sporting, recebe o Boavista, 16.º e antepenúltimo, com 12, no sábado, às 20:30, no Estádio do Dragão, no Porto, em jogo da 16.ª ronda da I Liga, sob arbitragem de João Gonçalves, da associação do Porto.

 

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