A medida prevê a introdução de "tarifas de importação provisórias que serão inferiores às taxas aplicadas aos países mais favorecidos em 935 produtos", disse a Comissão de Tarifas Aduaneiras do governo da China, o Conselho de Estado.

De acordo com a Organização Mundial do Comércio, desde 2020 que os bens de consumo estrangeiros pagam uma tarifa alfandegária média de 6,9%, além de um Imposto de Valor Acrescentado (IVA) de 13%.

Num comunicado citado pelo jornal oficial chinês Global Times, a comissão disse que o objetivo é "expandir a procura interna e promover uma abertura de alto nível" e "melhorar a sinergia entre os mercados nacionais e internacionais".

A lista de bens que beneficia de uma redução tarifária inclui: o álcool vinílico e alguns polímeros e copolímeros, "para promover a inovação tecnológica"; transmissões automáticas utilizadas no fabrico de veículos especializados, como camiões de bombeiros; fios de liga de níquel-titânio usados em implantes cirúrgicos; outros componentes para "salvaguardar e melhorar o bem-estar público"; e materiais reciclados de alumínio e cobre para "promover o desenvolvimento verde e de baixo carbono".

Pelo contrário, o país asiático vai aumentar as tarifas sobre alguns bens e produtos importados, como determinados xaropes e misturas que contenham açúcar na sua base, sempre "de acordo com o desenvolvimento das indústrias nacionais e as mudanças na dinâmica da oferta e da procura", disse a comissão.

A mudança terá efeitos sobre produtos das 34 regiões e países com os quais a China está ligada através de um dos 24 acordos de comércio livre de que é signatária.

A mudança não afeta os 43 países menos desenvolvidos com os quais a China mantém relações diplomáticas, que continuarão a beneficiar de tarifas zero, entre os quais Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.

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